Os bancários continuam lutando bravamente pelos seus direitos e os banqueiros ainda ignoram as reinvindicações econômicas e sociais da categoria. Contra esse descaso, nesta quinta-feira (22), o Sindicato dos Bancários (Sintraf JF), após as atividades do dia, promoveu a “Cachorrada dos Banqueiros”, uma alusão ao desdém dos patrões.
Neste 17º dia de greve as atividades estiveram paralisadas em 57 agências da Zona da Mata e Região, sendo 34 em Juiz de Fora. As paralisações seguirão até que os bancos apresentem uma proposta. A categoria está aberta a negociação, no entanto, as propostas só serão avaliadas a partir do momento que os banqueiros deixarem de ser intransigentes e tratarem os trabalhadores com dignidade.
A “Cachorrada dos Banqueiros”
Após o movimento do dia, o Sintraf JF realizou uma manifestação em frente à agência do Bradesco, no Calçadão da Rua Halfeld, na qual distribuiu cachorro quente à população.
“O ato de hoje marca o descaso dos bancos com seus funcionários. São 17 dias de greve, várias mesas de negociação e nenhum avanço. Os banqueiros insistem na proposta rebaixada, que desvaloriza o trabalhador e ignora pautas sociais, tão importantes quanto a econômica. Não vamos nos calar enquanto não nos ouvirem”, destaca Watoira, presidente do Sintraf JF.
Comando Nacional dos Bancários se reúne no dia 26
O Comando Nacional dos Bancários se reúne na próxima segunda-feira (26), em São Paulo, na sede da Contraf-CUT, a partir das 14h. Os dirigentes sindicais vão avaliar as paralisações e mobilizações da maior greve da história da categoria e definir os próximos passos a serem seguidos.
A pauta de reivindicações foi entregue aos bancos no dia 9 de agosto, mas a Faneban não apresentou proposta decente, que contemple as reivindicações dos trabalhadores. Já foram oito rodadas de negociação sem sucesso. Mesmo após recordes diários de agências e locais de trabalho paralisados, os bancos insistem em se manter em silêncio, diante das demandas dos bancários, preferindo o uso de práticas antissindicais para tentar desestruturar o movimento grevista.
O Comando Nacional dos Bancários salienta que está aberto a negociações, mas até agora a Fenaban não marcou novas reuniões.