Começa, nesta sexta-feira (1), o XXII Congresso Nacional dos Funcionários os funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), em Juazeiro do Norte (CE). Cerca de 140 delegados da ativa e aposentados de todos os sindicatos com BNB na base debaterão temas do interesse do funcionalismo e construirão a pauta específica dos trabalhadores para a Campanha Nacional 2016.
Carlos de Souza, secretário-geral da Contraf-CUT e coordenador das negociações com o banco, lembrou – nos últimos anos – o movimento sindical conseguiu fortalecer o papel negocial com o banco, mas acima de tudo voltou o respeito aos funcionários. “Durante o governo democrático popular, a gente conseguiu retomar o papel do banco de fomento e desenvolvimento, perdido na década de 1990, e também o crescimento do quadro, chegando a sete mil funcionários. Caminhávamos para chegar a um número próximo a 10 mil funcionários, finalizando as terceirizações e avançando na perspectiva de um banco mais forte. Conseguimos levar o Banco do Nordeste para a negociação da Fenaban, assinando acordo aditivo e sentando em mesa também com os outros bancos”. Por isso, completa Carlos de Souza, é necessário um grande congresso, forte e mobilizado. “Para que não aja retrocessos como os que se apresentam com a aprovação PL 555 e de outros que podem entregar nossas riquezas públicas nas mãos do capital privado. O Congresso é fundamental neste momento, tendo em vista todo o ataque as empresas públicas. Não podemos voltar aos tempos do governo FHC, quando o BNB foi um dos bancos mais atacados, achatados e ameaçados pelo governo federal, chegando a apenas 2 mil trabalhadores, o que poderia colocar em risco a existência do banco. Só a luta nos garante. A resistência se dará no nordeste também.”
Os participantes, escolhidos na proporção de 1 delegado para cada 50 funcionários, vão debater temas como Saúde e Previdência, Remuneração e Emprego, Papel dos Bancos Públicos e Organização dos Trabalhadores.
A abertura acontece na sexta-feira, dia 1º de julho, a partir das 9h, com um debate sobre conjuntura política e econômica do País. À tarde, acontecem os trabalhos em grupo. O Congresso será encerrado por volta das 13h do dia 2/7. O segundo dia será dedicado à apresentação dos relatórios dos grupos e aprovação da pauta específica de reivindicações a ser apresentada ao Banco durante a campanha salarial 2016.
“Esse é um momento muito importante de discussão das nossas prioridades e de definição das nossas reivindicações para a campanha salarial 2016. A participação dos funcionários do BNB nesse Congresso vai definir nossos desafios e ampliar a nossa mobilização para que possamos pressionar a diretoria do BNB a atender antigas reivindicações que vêm sendo proteladas há anos” disse Tomaz de Aquino, coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB.
