Reuters
O Wal-Mart Stores, criticado há tempos por seus baixos salários e benefícios trabalhistas, disse que gastará mais de 1 bilhão de dólares para aumentar o pagamento de meio milhão de funcionários nos Estados Unidos neste ano.
O aumento anunciado pelo maior empregador do setor privado dos EUA cobrirá cerca de 40 por cento de sua força de trabalho norte-americana, mas ficou bastante abaixo do que alguns grupos trabalhistas haviam reivindicado.
O Wal-Mart disse nesta quinta-feira que seus trabalhadores em tempo integral e parcial pagos por hora receberão ao menos 9 dólares a cada hora, ou 1,75 dólar acima do salário mínimo federal atual, começando em abril. Os empregados atuais receberão ao menos 10 dólares a hora até 1 de fevereiro de 2016.
Grupos trabalhistas, liderados pelo Our Walmart, têm pedido que o Wal-Mart pague aos empregados ao menos 15 dólares a hora.
A maior varejista do mundo também divulgou lucro acima do esperado para o quarto trimestre, conforme consumidores gastaram mais de suas economias nas lojas da companhia diante dos preços de combustíveis mais baixos nos EUA.
A empresa teve aumento de 1,5 por cento nas vendas em mesmas lojas nos EUA, o segundo trimestre seguido de crescimento após seis trimestres de vendas estáveis ou em declínio. Analistas esperavam, em média, aumento de 0,7 por cento do lucro, segundo a empresa de pesquisa Consensus Metrix.
No entanto, a companhia cortou sua previsão de vendas para o ano encerrado em janeiro de 2016, citando o dólar mais forte.
O lucro líquido atribuível ao Wal-Mart subiu para 4,97 bilhões de dólares, ou 1,53 dólar por ação, no quarto trimestre encerrado em 31 de janeiro, ante 4,43 bilhões de dólares, ou 1,36 dólar por ação, um ano antes.
A receita total subiu 1,4 por cento, a 131,57 bilhões de dólares.
(Por Sruthi Ramakrishnan em Bengaluru e Nathan Layne em Chicago)