A Confederação Nacional dos Vigilantes somou a sua voz ao grito dos bancários, em greve a mais de dez dias. A categoria dos vigilantes entende que a democracia só se faz com justiça social, dignidade e cidadania. A defesa dos interesses dos trabalhadores tem de estar acima da mesquinharia do capital e da política de resultados financeiros, talhada sobre o arrocho salarial e a redução de benefícios.
A direção da CNTV acredita que o principal patrimônio de um país é a sua gente. Uma nação só se constrói com trabalhadores valorizados e com seus direitos garantidos. O verdadeiro republicanismo tem de servir ao povo, garantindo os direitos fundamentais previstos na Constituição Federal, como saúde, educação, segurança e lazer.
“Nós apoiamos os bancários na queda de braços com os bancos. Essas instituições têm acumulados longos períodos de lucros exorbitantes. Os principais responsáveis por esses resultados são os trabalhadores e não é justo que estes sejam alijados dos benefícios proporcionados pelos crescimentos dos bancos. É imoral a manutenção de salários baixos e da perda acentuada do poder de compra”, declarou José Boaventura, presidente da CNTV.
GREVE – Os bancários deflagraram a greve no dia 29 do mês passado. Desde então, os trabalhadores têm sido ultrajados pela intransigência dos banqueiros. A proposta apresentada pelos patrões é, na avaliação da categoria, um arremedo. Já são 11 dias de luta em alguns estados e os três últimos com o restante dos bancários do país.
