da France Presse, em Caracas
da Folha Online
O ministério da Economia da Venezuela autorizou nesta quinta-feira (17) a fusão de quatro instituições bancárias – Banfoandes, Confederado, Bolívar Banco e Central Banco – que formarão a partir de 21 de dezembro o banco público Bicentenario.
O “Diário Oficial” do país informa a extinção das quatro instituições para dar lugar ao novo banco, que terá presença nacional e, segundo um governo, vai dispor de um “segmento de mercado com grande potencial de crescimento”.
Três bancos que formarão a nova instituição foram fechados no início de dezembro pelo governo e posteriormente nacionalizados, por irregularidades sobretudo na origem dos fundos e nos aumentos de capital.
O governo do presidente Hugo Chávez fechou oito bancos de pequeno e médio porte nas últimas semanas. Destes, dois foram liquidados e quatro nacionalizados. O governo venezuelano já emitiu 30 mandados de prisão contra diretores destas instituições.
No momento, a maior parte do sistema bancário venezuelano está em mãos privadas, mas após a nacionalização, neste ano, do Banco da Venezuela – o terceiro do país e que pertencia ao grupo espanhol Santander-, o Estado controla mais de 25% do setor.
Controle
Na terça-feira (15) a Assembleia Nacional da Venezuela aprovou a reforma da lei dos bancos, ampliando garantias aos correntistas e estabelecendo maior controle sobre as instituições do setor.
A medida prevê uma garantia estatal dos depósitos de até 30 mil bolívares (US$ 14 mil dólares), contra os atuais 10 mil bolívares (US$ 4.600). Segundo o deputado Rafic Souki, a reforma cobre 98% das contas nos bancos liquidados, o Canarias e o Banpro”.
A nova lei também amplia as atribuições do governo para a “execução oportuna e eficiente dos processos de liquidação” de instituições financeiras por intermédio do Sudeban, o órgão supervisor do sistema bancário.
