Bloomberg News, de Nova York
Lynn Thomasson e Thomas R. Keene
As tomadas de controle de bancos agravaram a crise financeira ao transformar empresas que já eram grandes em ainda maiores, disse Nouriel Roubini, o professor da Universidade de Nova York que previu a crise financeira. “As instituições estão insolventes”, disse Roubini em entrevista à Rádio Bloomberg. “Tem-se de assumir seu controle e desmembrá-las em três ou quatro bancos nacionais, em vez de criar um monstro descomunal que é grande demais para falir.”
O JPMorgan Chase & Co. concordou em comprar o Bear Stearns Cos. em março de 2008, com a ajuda do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), enquanto o Bank of America Corp. adquiriu a Merrill Lynch & Co. O Wells Fargo & Co. assumiu o controle do Wachovia Corp. e o PNC Financial Services Group Inc. ficou com o National City Corp.
Os bancos do mundo inteiro computaram US$ 1,29 trilhão em prejuízos com crédito vinculados ao colapso do mercado de imóveis residenciais desde 2007. Os déficits, que geraram a primeira recessão simultânea em EUA, Europa e Japão desde a Segunda Guerra Mundial, obrigaram o governo norte-americano a comprometer US$ 12,8 trilhões para estabilizar o sistema bancário e revitalizar o crescimento da economia. Essa soma representa US$ 42.105 por cidadão do país.
O Índice Standard & Poor’s 500, que despencou 38% em 2008, subiu 22% depois de recuar para sua maior baixa dos últimos 12 anos, no dia 9 de março. Roubini dissera em entrevista à Bloomberg naquele dia que o Standard & Poor’s 500 deverá cair para 600 pontos ou menos este ano, com a intensificação da recessão mundial.