Minas Gerais
O Sindicato dos Bancários de BH e Região somou forças com sindicatos de várias categorias e diversos movimentos sociais para protestar, no dia 23, contra a tentativa de derrubada do veto presidencial à Emenda 3. A passeada contou com a participação de mais de 2 mil pessoas e o Sindicato marcou presença, enfrentando o aparato policial do governo Aécio Neves. A repressão ostensiva colocada nas ruas para intimidar os trabalhadores deixou claro que o governo Aécio continua com sua política de ataques aos movimentos populares e à livre manifestação da população. A manifestação também reuniu os funcionários do BB, que protestaram contra o pacote imposto pelo banco. Para o presidente do sindicato, Fernando Neiva, o movimento sindical tem que endurecer cada vez mais essa luta contra a derrubada do veto à emenda 3. “Trabalhar sem carteira assinada, como pessoa jurídica, significa, por exemplo, não poder adoecer. A trabalhadora que engravidar não tem licença-maternidade. As férias da PJ são por sua conta e ela não tem 13º salário, PLR, tíquetes e nem auxílio creche. A PJ é um prestador de serviço. Ou seja, não prestou serviço, não recebe. Até para se aposentar, a pessoa teria de fazer o recolhimento junto ao INSS por conta própria”, denuncia.
Interior do Paraná
No interior do Estado, trabalhadores bancários também fizeram manifestações contra emenda 3 e pelos direitos trabalhistas. Segundo o coordenador regional do núcleo Vida Bancária (Apucarana, Arapoti, Cornélio Procópio e Londrina) na FETEC-CUT-PR e trabalhador bancário do Itaú, João Antonio da Silva Neto, a atividade de ontem foi importante na medida em que grandes mudanças trabalhistas têm sido alardeadas no Poder Legislativo, a maioria delas aviltando os direitos conquistados pela classe trabalhadora e de maneira especial, a categoria bancária. Em Londrina, representantes de aproximadamente dez sindicatos mobilizaram os meios de comunicação e fizeram panfletagem no calçadão, esclarecendo a comunidade sobre os efeitos nocivos da emenda 3. O debate com a sociedade deve continuar nos próximos dias. Em Campo Mourão, dirigentes do Sindicato dos Bancários distribuíram o jornal PACTU nas oito agências bancárias do município e fizeram panfletagem nos postos de atendimento e na agência do Banco do Brasil, questionando o “Pacote de Maldades” elaborado pela diretoria nacional do Banco do Brasil. A região tem atualmente cerca de 300 trabalhadores bancários. O Sindicato dos Bancários de Cornélio Procópio e Região promoveu panfletagem no campus da Faficoop (2 mil alunos), ressaltando os riscos da emenda 3 para a classe trabalhadora. Também na região, a categoria vê a proposta com apreensão, em função da pouca informação que a população dispõe no que diz respeito às conseqüências do projeto. O movimento sindical bancário aproveitou a oportunidade para esclarecer detalhes da emenda 3 nas emissoras de rádio da região. Em Guarapuava, o Sindicato dos Bancários promoveu panfletagem nos bancos e nas ruas do município, conclamando a comunidade a se posicionar a favor do veto do presidente Lula contra a emenda 3. A região tem aproximadamente 450 trabalhadores bancários. Em Umuarama, uma grande atividade reuniu os cinco sindicatos filiados à CUT com presença no Município: bancários, vigilantes, professores e funcionários da educação, servidores públicos municipais e trabalhadores em estabelecimentos de saúde. Os dirigentes sindicais fizeram panfletagem na Praça Santos Dumont, entre os bancos HSBC e Bradesco, tradicional ponto de mobilização dos sindicalistas em Umuarama. Os panfletos também foram sendo distribuídos no comércio da Avenida Paraná. Em Assis Chateaubriand, o sindicato realizou panfletagem no comércio da cidade.
Fonte: Seeb e Feeb