Valor Econômico
Mônica Izaguirre, de Brasília
O Banco do Brasil confirmou, ontem, que está “no meio de um processo de reestruturação” de sua área de seguridade. Conforme a assessoria de imprensa do banco, a instituição só não pode dar detalhes nem fazer qualquer outro comentário sobre o assunto porque assinou acordo de confidencialidade com os parceiros envolvidos.
Embora não possa ser lida como uma confirmação de que o banco está determinado a comprar a seguradora SulAmérica, a manifestação sinaliza que há sim negociações nesse sentido.
Uma fonte da instituição estatal disse ontem ao Valor que o BB teria necessariamente que negociar com a Sul América, mesmo que sem a possível desistência do Bradesco, também interessado na companhia. Isso porque a eventual aquisição da empresa por um dos maiores concorrentes do BB no mercado bancário tornaria inviáveis as parcerias já existentes entre o BB e a SulAmérica.
A seguradora é sócia do banco federal em duas empresas de seguro e ainda numa empresa de capitalização. Na BrasilVeículos, detém 30% do capital acionário; o banco tem os outros 70%. Na BrasilSaúde, a Sul América participa do capital societário com 50,05%. O BB tem 49,92% e outros acionistas, 0,03%. As ações da BrasilCap, por sua vez, estão 49,99% nas mãos do BB e 16,67% nas mãos da SulAmérica. Também são sócios na empresa o Icatu Hartford (16,67%), a Aliança da Bahia (15,8%) e minoritários.
A área de seguridade do BB, que passará por reestruturação, envolve ainda a BrasilPrev, de previdência complementar. Há também a Aliança do Brasil, da qual o BB detém, segundo ele “temporariamente”, 100% do capital.
