(São Paulo) Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro), assume a direção da Secretaria de Política Sindical da CUT. Em entrevista ao Portal Mundo do Trabalho, Vagner fala sobre sua atuação frente à Secretaria.
Como é assumir a Secretaria de Política Sindical da CUT?
Vagner Freitas – É uma satisfação, principalmente, porque assumo a secretaria dentro de uma nova conjutura política como as discussões no movimento sindical e na sociedade em relação à regularização das centrais sindicais e à ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT, que tratam do direito à negociação coletiva no setor público e sobre o fim das demissões imotivadas.
Quais serão as políticas implementadas?
Vagner Freitas – Nosso grande desafio é manter e ampliar o número de sindidatos filiados à Central Única dos Trabalhadores, fortalecendo e estreitando a relação da central com os sindicatos, ramos e CUT´s estaduais. Temos acompanhado a construção de diversas centrais sindicais nos últimos tempos, portanto, precisamos reafirmar o papel principal da CUT de enfretamento entre patrão e empregado dentro da lógica de organização sindical de massas de caráter classista, autônomo e democrático. É importante reafirmar o compromisso com a defesa dos interesses imediatos e históricos da classe trabalhadora, a luta por melhores condições de vida e o engajamento no processo de transformação da sociedade brasileira. Neste contexto, pretendemos que a Secretaria de Política Sindical seja um importante instrumento da CUT na implantação de sua política de organização dos trabalhadores. Dentro deste raciocínio nossa prioridade é abrir um ciclo de debates sobre que tipo de representação os trabalhadores querem da Central. É um momento de resgate de nossas bandeiras históricas, principalmente em relação à organização no local de trabalho e ao fortalecimento das lutas dos trabalhadores e do movimento sindical combativo e classista.
Quais as questões que considera importante para o conjunto da classe trabalhadora?
Vagner Freitas: A questão principal é a manutenção e ampliação dos sindicatos como forma de fortalecimento da CUT nesta conjuntura de reconhecimento de várias centrais sindicais e o reordenamento dos sindicatos em relação à filiação. É um momento importante para a CUT não apenas se firmar como a maior e mais importante sindical brasileira, mas também para aumentar sua base de atuação com a conquista de novos sindicatos. A questão da ratificação das Convenções 151 e 158 é fundamental por que trata da readequação do mundo do trabalho como é o caso da demissão imotivada e de democracia para organização sindical, importantíssima para o enfrentamento de classe. Outra linha de trabalho será a formação sindical em parceria com as secretarias geral, formação, organização e internacional, visando uma melhor formação política de nossos dirigentes, delegados sindicais ou militantes de base para uma melhor organização no local de trabalho e para os enfrentamentos que serão necessários para a implantação no projeto político da CUT.