Unibanco promove onda de demissäes em todo pa¡s

(São Paulo) O Unibanco – numa atitude que parece e muito com a de um banco – está promovendo uma onda de demissões pelo país. Os bancários estão assustados com o facão, que já ceifou dezenas de empregos no Centro Administrativo do Unibanco (CAU), em São Paulo, outros tantos no Rio de Janeiro e em várias partes do país.


“Estamos fazendo um levantamento completo das demissões que o Unibanco está realizando. Os sindicatos filiados à Contraf-CUT devem nos enviar o número de dispensas em suas bases para que possamos montar um quadro nacional. Já exigimos o fim das demissões e queremos negociar com a empresa, pois não vamos admitir esta situação”, afirma Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Unibanco.

 

Segundo o dirigente, as justificativas dadas pelo banco para as demissões são ridículas e passam por palavras vazias como “oxigenação, reestruturação”. Para Jair, são “desculpas que soam vagas quando se trata de funcionários com mais de quinze anos de casa, que dedicaram boa parte de suas vidas para o crescimento da empresa, apresentaram resultados ‘A’ e ‘B’ nas últimas avaliações de performance, e em alguns casos, ainda apresentam histórico de afastamento por LER/DORT”.

 

Um bancário, que não será identificado para não sofrer represálias, contou à Fetec São Paulo que, no dia 10 de julho, oito funcionários – sendo sete deles com mais de quinze anos de casa – foram demitidos do CAU SP. Todos eles eram subordinados ao mesmo diretor, que segundo relatos de trabalhadores, tem um tratamento discriminatório com funcionários antigos.

 

“Na hora que recebi a carta de demissão me senti inútil e descartável. Agora tenho um sentimento de tristeza por perceber que dediquei anos da minha vida à uma empresa que não reconhece o meu esforço e a minha contribuição”, diz o ex-funcionário.

 

Segundo ele, falta ao Unibanco uma administração coerente, séria e responsável. “Não foi feito nenhum trabalho de realocação de pessoal. Mesmo eu sabendo que em outros setores existia vaga disponível”, destaca.

 

Fonte: Contraf-CUT, com informações da Fetec SP

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