(São Paulo) Ocorreu na manhã desta quarta-feira, dia 19, rodada da mesa de negociação permanente entre Contraf-CUT e Unibanco. Na reunião, o banco apresentou sua proposta de programa de auxílio-educação, que será debatida pelos trabalhadores. Nova negociação ficou agendada para a próxima sexta-feira, dia 21.
Pela proposta do banco, seriam inicialmente mil bolsas de estudo para todo o país para a primeira graduação nas áreas afins como Economia, Administração, Comércio Exterior, entre outras. O banco financiaria apenas os cursos das faculdades que tenham alcançado pelo menos o Nível 3 no Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, aplicado pelo Ministério da Educação para, em conjunto com outras avaliações, averiguar a qualidade do ensino das instituições).
O auxílio-educação corresponderá a 50% do valor da mensalidade com teto de R$ 320 e podem concorrer às bolsas todos os funcionários do Unibanco desde que tenham, no mínimo, seis meses de empresa. Caso a procura ultrapasse o número de bolsas oferecido, haverá critério social de desempate: estar matriculado no curso, a menor renda, maior número de dependentes e maior tempo de banco.
Os bancários interessados devem fazer a inscrição entre os dias 2 e 20 de janeiro. A pedido dos dirigentes sindicais, o Unibanco se comprometeu a, posteriormente, estender a bolsa de estudos a toda a holding.
A Contraf-CUT considerou a proposta positiva, mas pressionou o banco pelo aumento do valor das bolsas. “É uma conquista importante para incentivar os funcionários do banco que não têm condições para cursar uma faculdade. O banco já exige curso superior de seus trabalhadores e precisa colaborar com eles”, sustenta Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Unibanco da Contraf-CUT.
A Contraf-CUT já conquistou o auxílio-educação para os bancários do Santander, Itaú, HSBC e Safra.
Fonte: Contraf-CUT, com colaboração do Seeb Porto Alegre
