Tulio Zamin confirmado para assumir a presidência do Banrisul em 2011

O atual chefe de gabinete da prefeitura de Gravataí, Túlio Zamin, será oficializado nas próximas horas como presidente do Banrisul no governo de Tarso Genro (PT). O nome de Zamin vinha sendo ventilado desde a vitória de Tarso e internamente a escolha está definida há alguns dias.

Ele, que permanecerá na Prefeitura de Gravataí até 31 de dezembro, já começou, inclusive, a definir a equipe e a estabelecer as ações prioritárias para o banco a partir de 2011. “Vamos inovar sem criar traumas”, resume.

A presidência do Banrisul não é novidade para Zamin, assim como a confirmação de seu nome à frente do banco não foi novidade para os petistas e seus aliados. Vinculado à Democracia Socialista, ele já presidiu o Banrisul durante a gestão do governador Olívio Dutra (PT).

Conforme o futuro presidente, a gestão será vinculada a resultados e pautada pelos critérios técnicos, mas com atenção ao papel social desempenhado pelo Banrisul. Quanto à possibilidade de uma nova emissão de ações, Zamin diz que o Banrisul hoje se encontra em situação confortável.

Ele admite que sua projeção de crescimento faz com que seja trabalhada desde já a perspectiva de um “reforço de capital”, mas ressalva que a questão não é prioritária na primeira metade do governo. E, quando questionado sobre as gestões dos últimos governos, Zamin destaca os objetivos comuns.

Zamin também antecipa que o banco deverá reforçar o crédito aos setores da cadeia produtiva com o objetivo de aumentar a geração de empregos e, no que se refere ao público em geral, trabalhar para a melhoria no atendimento. Entre as metas estão ainda a expansão da rede de atuação, incluindo ampliação na rede em Santa Catarina e no Paraná.

Confira a entrevista de Zamin:

CP: O Banrisul pode fazer nova emissão de ações, como aconteceu no governo de Yeda Crusius (PSDB)?

Túlio Zamin: Por enquanto há um espaço bastante confortável para operarmos. Pela trajetória de crescimento, temos condições de operar pelo próximo ano e meio ou nos próximos dois anos. A partir daí é possível adotar uma estrutura de reforço de capital. Mas não há como adiantar agora qual será a estratégia. Isso vamos definir depois.

CP: Quais são as prioridades da próxima gestão?

Zamin: De acordo com a orientação do governador, vamos montar uma equipe com a preponderância do critério técnico. Esta estrutura estará em linha com nossa visão do papel do banco. Vamos trabalhar muito fortemente em dois ou três campos cujos resultados serão gradativos. Vamos articular no mercado oportunidades para contribuir com os programas federais. Além de operar o crédito, vamos levá-lo para setores da cadeia produtiva que possam gerar empregos.

Vamos utilizar toda a nossa inteligência, articular fundos de investimento, contribuir para o setor habitacional, o crédito agrícola. E teremos um cuidado especial com o atendimento às pessoas. Há um espaço importante para melhorarmos o atendimento à comunidade.

CP: O que mudou no Banrisul desde que o senhor assumiu a presidência pela primeira vez?

Zamin: A situação comercial e patrimonial do banco era muito diferente. É importante lembrar que, na época, o Banrisul estava vendido, desaparelhado, e a moral dos funcionários abatida. Demos uma dinâmica de gestão. Alavancamos o Banricompras, que hoje é um grande ativo, copiado por vários bancos privados, e que demonstrou a nossa criatividade e sensibilidade em relação ao mercado.

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