Triplica adesão à greve em Piracicaba e bancários pressionam bancos

A adesão à greve dos bancários triplicou nesta quarta-feira (1º), se comparado ao primeiro dia de paralisações. Em toda base do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região, que compreende 22 cidades no interior de São Paulo, 87 pontos de atendimento, de oito bancos em 12 cidades, fecharam, aderindo à greve.

Além das principais agências do centro da cidade, também aderiram ao segundo dia de greve os bancários da Vila Rezende, Vila Independência, Carlos Botelho, Piracicamirim, Santa Terezinha, Paulicéia e Paulista.

Além de Piracicaba, bancários também entraram em greve em Águas de São Pedro, Capivari, Cerquilho, Tietê, Laranjal Paulista, Conchas, Rio das Pedras, Saltinho, Santa Bárbara D’Oeste, São Pedro e Rafard.

“Pretendemos ampliar o movimento, chegando ao máximo possível de agências da nossa base. A ampliação de hoje foi a pedido dos bancários dos bairros e de outras cidades que também queriam aderir à greve. Vamos fortalecer a luta a cada dia, porque temos o apoio dos bancários e da população”, declarou a presidenta do Sindicato, Angela Ulices Savian.

O aposentado José Roberto Azevedo, de 53 anos, ratificou as palavras da presidente. O ex-chaveiro disse que aprova a paralisação. “Não é possível que os banqueiros só queiram lucrar e não pensam nem nos funcionários e muito menos em nós, aposentados. Sou a favor da greve”, declarou.

Favorável ao movimento também estava a aposentada Silvia Regina Severino, de 54 anos. “Vocês têm de continuar a luta para melhorar tudo. Quem sabe até um atendimento mais humanizado a nós aposentados. Eu ainda tenho facilidade de lidar com o caixa eletrônico, mas tem aposentado que nem enxerga direito nessas máquinas”, acrescentou.

Os diretores do Sindicato que estão em frente às agências em greve entregaram informativos à população sobre os motivos da greve. “O importante é deixar claro para os clientes que a culpa não é dos bancários, mas dos banqueiros que não atenderam as reivindicações da categoria”, frisou Angela.

A paralisação por tempo indeterminado continua ante a proposta irrisória apresentada pelos bancos – setor que mais lucra no país -, que não chega a 1% de aumento real.

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