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Edilaine Félix
O Banco do Brasil movimentou, em 2010, nos caixas eletrônicos um volume total R$ 473 bilhões, resultante de 2,5 bilhões de transações no mesmo período. De acordo com o BB, uma das contribuições para atingir esses números foi a modernização dos equipamentos.
O banco passou a utilizar desde 2002 o software livre Linux, o qual possibilitou um relevante ajuste nas operações, melhoria da interação com o cliente, além de economia com licenças.
“Exploramos novas funcionalidades, e desde 2008 as novas máquinas já vem equipadas com o sistema Linux instalado. Em breve, as 25 mil máquinas terão o software instalado”, informa Wagney Schunck, gerente da divisão de tecnologia do Banco do Brasil.
Funcionalidades em benefício dos clientes como telas touch screen, botões de atalho para as principais transações realizadas, definição do tipo de pagamento a partir da leitura do código de barras, inclusão de animações para orientar o uso, escolha de cédulas e impressão opcional de comprovantes por parte do cliente, são algumas das vantagens adquiridas.
Nos terminais do BB os clientes têm à sua disposição mais de 500 funcionalidades, que foram realçadas com a adoção do Linux. Segundo Schunck, os sistemas se tornaram mais leves e seguros, com maior automação.
Essas melhorias resultaram nos volume transacionado nos terminais do BB em 2010. O número de transações teve crescimento de 8,2% em comparação com o ano anterior, passando de 2,4 bilhões para 2,6 bilhões. O volume financeiro transacionado saltou de R$ 330 bilhões para R$ 473 bilhões, representando evolução de 43%.
Mobilidade
O BB está atento a tendência mobilidade, e há cinco anos investe no Mobile Banking. “As soluções usadas no celular ainda são restritas e não devem ser concorrentes dos caixas eletrônicos – até por que não é possível fazer saques e depósitos através do aparelho”, destaca Schunck.
O uso de ATMs responde por 60% dos serviços, Internet responde por menos de 1%. “Muitas transações são feitas no ATM, que ainda tem o maior uso para saldos / consultas”.
De acordo com Schunck, é preciso lembrar que apesar do País possuir mais de 200 milhões de celulares, os smartphones ainda representam uma pequena porcentagem, assim como – segundo dados do IBGE, somente cerca de 40% da população tem acesso a Internet.
“Vale lembrar o quesito segurança, que ainda está evoluindo nas plataformas móveis. Ainda não é possível explorar nos aparelhos todo o portfólio do ATM”, enfatiza Schunck.