Trabalhadores tomam Brasília por melhoria no emprego no país

São Paulo – Mesmo com chuva, milhares de trabalhadores de todo o país tomam nesta quarta-feira, dia 5, as ruas de Brasília na IV Marcha Nacional da Classe Trabalhadora. Aproximadamente 30 mil pessoas cumprem, desde as primeiras horas da manhã, uma programação de manifestações, reivindicações e atos políticos. O ponto alto será uma audiência das centrais sindicais com o presidente Lula, prevista para as 16h30.

A marcha reivindica a redução da jornada de trabalho, mais e melhores empregos e o fortalecimento da seguridade social e das políticas públicas. A categoria bancária está presente na marcha.

Logo às 7h, uma multidão começava a se formar no estacionamento do estádio Mané Garrincha. Já no meio da manhã, uma passeata levou os trabalhadores para a esplanada dos Ministérios, onde foram feitas duas paradas: uma em frente ao Ministério da Saúde e outra no Ministério da Previdência e Trabalho.

A marcha seguiu para entregar a pauta de reivindicações aos presidentes do Senado, Tião Viana (PT-AC), e da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Logo a seguir, por volta das 12h15, começou o ato político em frente ao Congresso Nacional. O próximo compromisso é no Palácio do Planalto.

O presidente da CUT, Artur Henrique, disse que o principal foco da manifestação é a geração de empregos “para todo o conjunto da sociedade”. “Queremos o cumprimento da determinação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que não permite demissões arbitrárias e a redução da jornada, sem diminuir os salários.”

Redução da Jornada – Entre as reivindicações da marcha estão a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a medida criaria mais de 2 milhões de empregos com um custo de apenas 1,99% na folha de pagamento das empresas.

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