Os cerca de 600 trabalhadores terceirizados do Ministério da Justiça (MJ) decidiram paralisar as atividades nesta quarta-feira (21). Contratados pela empresa Adminas, os profissionais, principalmente da área de serviços gerais, reclamam de atraso no pagamento dos salários desde o dia 6 de agosto.
De acordo com representantes da CUT, que apóia a paralisação, os empregados vão se reunir nesta manhã em uma tenda montada na Esplanada dos Ministérios, para decidir os rumos do movimento.
Segundo a CUT, a categoria participou de uma audiência ontem (20), no Ministério Público do Trabalho, mas não houve avanços na negociação.
O Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Trabalho Temporário, Prestação e Serviços Terceirizáveis do Distrito Federal (Sindiserviços) informou que além dos salários, a empresa Adminas também é responsável pelo pagamento do vale-transporte e vale-refeição dos funcionários.
“Eles receberam [responsáveis pela Adminas] os valores referentes à parcela do contrato de prestação de serviço e sumiram”, disse Robson Silva, assessor de imprensa do sindicato que representa a categoria.
Em nota divulgada na semana passada, o Ministério da Justiça informou que “tomou todas as medidas judiciais e administrativas para o pagamento dos 565 funcionários da Adminas que trabalham como terceirizados no órgão”.
A pasta informou, também na nota, que “tem cumprido suas obrigações contratuais e que todos os pagamentos para a empresa, cujo montante mensal é de R$ 2,4 milhões, foram efetuados rigorosamente em dia”. Segundo o ministério, o último pagamento à empresa foi feito no dia 31 de julho.
A reportagem da Agência Brasil tentou contato com a empresa Adminas, mas os telefones disponíveis no site não atendem.