Manifestação cobra respeito e humanização das perícias
O desrespeito nas perícias e a falta de humanização no atendimento prestado aos trabalhadores foi alvo de manifestação em frente ao prédio do INSS na Avenida Bento Gonçalves, em Porto Alegre. A ato, ocorrido na manhã de quinta-feira, dia 30, foi chamado pelo Fórum Sindical de Saúde do Trabalhador (FSST). Também contou com a presença de representantes da CUT, CTB, Sindicato dos Bancarios de Porto Alegre e entidades de outras categorias.
A política do INSS é hoje dificultar a vida do trabalhador quando ele precisa de um auxílio-doença, denunciaram os dirigentes sindicais. Além de aguardar meses para conseguir uma perícia, quando consegue o trabalhador sofre com o tratamento desumano dos médicos, que dispensa um atendimento cercado pela desconfiança, como se ele não estivesse mal ou ainda querendo enganar o INSS. Qualquer questionamento é alvo de ameaças, além dos laudos médicos e exames não serem considerados.
Em vez de contratar mais médicos, o INSS estabelece um prazo para o trabalhador voltar ao serviço, independente da doença ou ocupação. Assim, quando concede o benefício, ele estipula um prazo para o encerramento do benefício, sem considerar a gravidade da enfermidade e a natureza de cada pessoa humna.
No protesto, o gerente da unidade do INSS, de forma irresponsável, interrompeu as perícias que estavam agendadas. Foi uma atitude para culpar o movimento e os participantes da manifestação. Mas a atitude acabou gerando a revolta dos trabalhadores que tinham suas consultas agendadas.
Como consequência do ato, a presidência do INSS ligou e agendou uma reunião com a comissão do FSST. “Vamos tratar das denúncias numa reunião nesta sexta, dia 31, às 17h, no escritório regional do INSS, na Jerônimo Coelho”, informou o novo presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.
A comitiva será recebida pelo presidente nacional do INSS, Mauro Hauschild, que estará na capital gaúcha para compromissos na Expointer.