(São Paulo) Uma discussão no Ministério do Trabalho e Emprego, sobre a abertura do comércio aos domingos, interessa diretamente aos bancários, que são contrários à jornada de trabalho nos finais de semana.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs) lembra que quando a abertura do comércio aos domingos teve início no Brasil, em 1997, os empresários justificavam sua importância com a geração de empregos. Hoje, o Dieese já demonstra que não houve geração de empregos e sim aumento na carga horária de trabalho dos comerciários. Jornada irregular, banco de horas e vários problemas levaram os trabalhadores do comércio a serem prejudicados com a medida.
“Para não contratar funcionários, os supermercados transferiram parte de seu trabalho para os consumidores e, nós, consumidores, nem percebemos a manobra dos supermercadistas", adverte Lucilene Binsfeld, presidente da Contracs.
Valeir Ertle, bacharel em direito e tesoureiro da Contracs/CUT, considera críticos os acordos coletivos realizados em algumas cidades em que os funcionários do comércio trabalham três domingos por mês, folgando apenas um em troca de alguns dias a mais nas férias: "Por acaso 6 dias a mais de férias resolvem todos os problemas de saúde, de lazer e familiar causados pelo exaustivo e desgastante trabalho aos domingos durante um ano inteiro?".
Fonte: Contraf, com informações da Contracs