A greve dos Correios, iniciada nesta quarta-feira, dia 14, teve adesão em todos os Estados, segundo a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares).
Segundo Saul Gomes da Cruz, um dos integrantes do comando de negociação, 34 dos 35 sindicatos que compõem a entidade apoiam a paralisação, ficando de fora apenas o de Uberaba, um dos três sindicatos em Minas Gerais.
Cruz calcula que 70% dos 110 mil funcionários aderiram ao movimento, lembrando que 30% do quadro de pessoal deve continuar trabalhando, de acordo com a legislação.
Os Correios ainda não divulgaram um balanço do movimento. Em nota, a empresa disse apenas que “trabalha para normalizar a situação o mais rápido possível e está adotando uma série de medidas que garantem o atendimento à população brasileira: contratação de recursos, realocação de pessoal, realização de horas extras e trabalho nos finais de semana”.
O sindicalista afirma que as correspondências postadas em agências franqueadas, que continuam funcionando, “não vão chegar ao destino”. Ninguém vai coletar”, diz. Apenas serviços essenciais como entrega de remédios e de telegrama de concursos, completa, foram mantidos.
REAJUSTE SALARIAL
De acordo com a Fentect, a proposta salarial apresentada pelo governo federal inclui reajuste de 6,87% para repor a inflação do período, ganho real de R$ 50 a partir de janeiro para todos os trabalhadores, independentemente do salário, e abono de R$ 800.
A categoria reivindica aumento salarial linear de R$ 400 a partir de janeiro, reposição da inflação calculada em 7,16% e mais 24,76% referentes a perdas acumuladas desde 1994.
Haverá assembleias ao longo do dia em todos os Estados.