As tirinhas da Niara, a mascote da campanha Tributar os Super-Ricos, chegam nesta sexta-feira (26) à sua 50ª edição. Com distribuição semanal, sempre às sextas-feiras, ao longo dessas 50 semanas, já falou sobre a não taxação de lanchas, helicópteros e jatinhos, a injustiça do foco da tributação no consumo e não na renda e, até, sobre questões da atualidade da política nacional, sempre buscando denunciar a desigualdade socioeconômica do país e sua perpetuação em decorrência da injustiça fiscal, que faz com que os pobres paguem, proporcionalmente, mais impostos dos que os super-ricos.
“As tirinhas da personagem negra e pré-adolescente criada pelo cartunista Renato Aroeira ajudam a explicar, de uma maneira lúdica e leve, temas complexos, como as distorções na cobrança de impostos no Brasil”, observou o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mario Raia. “Essa característica faz com que as tirinhas sejam um importante instrumento de formação e informação sobre estes temas e ajudem a alavancar o conhecimento pelo público em geral das propostas de tributação dos super-ricos”, completou.
Na edição desta sexta-feira (26), Niara leva a refletir sobre a política neoliberal, que “privatizou” o Estado brasileiro, e ressalta a importância das eleições de 2022 para resgatá-lo e tirá-lo das mãos de uma minoria para devolvê-lo à maioria da população.
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O que é a campanha
A campanha nacional Tributar os Super-ricos cobra medidas para enfrentar a grave crise aprofundada pela pandemia e contribui para a retomada do crescimento do país. Conta ainda com a participação de diversas entidades sociais, governadores e parlamentares.
São oito as propostas da campanha, que tem a meta de promover um aumento de arrecadação de quase R$ 300 bilhões, tributando apenas as altas rendas e grandes patrimônios dos 0,3% mais ricos do Brasil.
Confira as Propostas
- Correção das distorções do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) – revogação da isenção dos lucros e dividendos distribuídos, fim da dedução de juros sobre o capital próprio, elevação do limite de isenção para baixas rendas e criação de nova tabela de alíquotas progressivas.
- Instituição do Imposto Sobre Grandes Fortunas (IGF) sobre as riquezas das pessoas físicas que ultrapassarem R$ 10 milhões.
- Elevação da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos setores financeiro e extrativo mineral.
- Criação da Contribuição sobre Altas Rendas das Pessoas Físicas (CSAR), incidindo sobre rendas anuais acima de R$ 720 mil.
- Mudança nas regras do Imposto sobre Heranças e Doações (ITCMD), com ampliação da alíquota máxima de 8% para 30%.
- Novas regras de repartição de receitas da União com Estados e Municípios. A previsão é de acréscimos de aproximadamente R$ 83 bilhões para os Estados e R$ 54 bilhões para os Municípios.
- Regras para disciplinar a concessão de benefícios fiscais e para combater a sonegação.
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