(São Paulo) O teto do primeiro andar e do mezanino do prédio da empresa Fidelity (site Unibanco São João-SP) foi ao chão na quinta-feira, dia 8. “Não foi nenhuma surpresa para os trabalhadores de lá, pois estamos há mais de 40 dias reclamando do vazamento no teto”, explica a diretora do Sindicato Ana Tércia Sanches.
Cerca de 500 pessoas trabalham no local, inclusive alguns funcionários do Unibanco. “Elas não foram realocadas para outros locais. É um absurdo. Tem pessoas exatamente nos locais onde o teto veio ao chão”, diz a diretora.
Os problemas dos trabalhadores não param por aí. Pressão, ameaça e até falta de cadeiras estão entre dificuldades que não saem da cabeça dos funcionários. “Nosso refeitório não tem pia, nem cadeiras para que todos possam almoçar. Estamos todos entulhados. Muitos comem de pé”, relata uma funcionária que não quis se identificar.
Apesar de tudo isso, a Fidelity ainda insiste em pressionar os funcionários para trabalharem além do expediente. “Somos obrigados a ficar, mesmo após a jornada. No Carnaval, vamos continuar virando o nosso turno”, afirma outro funcionário.
Coação
Segundo a diretora Ana Tércia, as pessoas estão sendo coagidas a trabalhar lá. “’Quem não estiver à disposição da empresa, não serve para trabalhar’. Essa é a frase que a direção utiliza como forma de pressionar”, diz. “Todo funcionário tem direito a ter sua vida fora do trabalho. Esse método que o banco usa é condenável. Por isso, é importante continuar denunciando”, diz Ana Tércia, que lembra que em breve um novo jornal sobre as mazelas da Fidelity será distribuído.
Fonte: Seeb SP
