Termo de adesão para migração aflige bancários da Nossa Caixa

A poucos dias do fim do prazo para pedir a migração para o Banco do Brasil, os funcionários da Nossa Caixa estão vivendo uma verdadeira sinuca de bico. Assinar ou não o Termo de Adesão é a grande dúvida que aflige os bancários da antiga instituição paulista neste final de ano.

A diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Raquel Kacelnikas explica que o clima nas agências está péssimo e a decepção com o andamento das negociações com o Banco do Brasil é geral. “O funcionalismo da Nossa Caixa sabia que a venda do banco iria resultar em perdas. Desde o início da compra, os sindicatos estão na luta para minimizar essas perdas. Acontece que o BB não está demonstrando a menor vontade de negociar alternativas para amenizar o sofrimento dos trabalhadores”, comenta.

Segundo Raquel, além de não negociar as demandas dos bancários, o BB ainda está deixando os funcionários sem opção quanto ao termo de adesão. “Muita gente tem nos procurado com dúvidas. Assino o termo de adesão e corro o risco de perder alguns direitos ou não assino e fico com a carreira estagnada”, descreve Raquel. “Avalie bem a situação, os prós e os contras, e decida.”

Negociação decepcionante

Assim que a Nossa Caixa foi vendida, a direção do Banco do Brasil reuniu-se com o Sindicato e informou que apostaria no diálogo e na negociação para resolver os problemas dos trabalhadores. A promessa foi reafirmada pelo atual presidente do BB, Aldemir Bendine, que assumiu o banco em abril.

Quase um ano depois, a decepção com as negociações é latente, já que o BB não dá respostas sobre as demandas apresentadas e ainda toma uma série de decisões unilaterais que podem acabar reduzindo direitos na Nossa Caixa.

“Na última reunião, no dia 16, os debates terminaram em impasse mais uma vez”, conta Raquel. “E o banco até agora não agendou uma nova rodada de negociação para tratar de uma série de problemas que afligem os trabalhadores”, diz Raquel.

Ela destaca a questão do interstício (reajuste salarial de 3% para cada evolução no plano de carreira sobre o VCP) para o pessoal que aderir ao Termo de Opção; o adicional noturno e as horas extras dos trabalhadores da Central de Processamento de Dados (CPD) e a extensão da jornada em quinze minutos para compensar a pausa para o lanche.

“O banco também está devendo respostas sobre a manutenção da gratificação variável por 10 anos, como propusemos. E ainda esconde as vagas que ainda não temos asseguradas para o pessoal da Nossa Caixa”, enumera Raquel.

“Vamos começar 2010 reforçando a organização dos trabalhadores para defender nossos direitos e buscar uma mesa de negociação que de fato construa solução para todas essas demandas”, conclui.

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