Termina sem avan‡os negocia‡Æo sobre a PLR no Bradesco

(São Paulo) Terminou sem avanços as negociações desta quarta-feira, dia 14, entre a Contraf-CUT e o Bradesco para discutir a PLR dos bancários. O banco insiste em pagar R$ 1.253,50 de parcela adicional, no próximo dia 16, enquanto os trabalhadores exigem R$ 1.500.

 

“De forma mesquinha, o Bradesco está lançando mão de técnicas contábeis para diminuir a parcela adicional da PLR, uma grande conquista da Campanha Nacional do ano passado. A postura do banco na mesa de negociações mostra a falta de compromisso da empresa com os seus funcionários”, comentou Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT e funcionário do Bradesco.

 

Segundo o dirigente, a redução da parcela adicional frustrou a expectativa dos bancários, que esperavam receber R$ 1.500, além dos dois salários da regra básica e do complemento.

 

“Tínhamos o entendimento de que os bancos grandes, como o Itaú e o Bradesco, pagariam os R$ 1.500 de teto do adicional. Aliás, os trabalhadores nem foram informados previamente pelo banco que receberiam um valor menor. A redução frustrou a expectativa dos trabalhadores e isto é muito ruim. No lucro do Bradesco tem o valor agregado do trabalho do bancário e queremos a nossa parte, queremos ser valorizados”, afirmou.

 

Vagner ressalta que é lamentável ter que negociar com o Bradesco o pagamento do teto do adicional da PLR. “A esta altura do campeonato, deveríamos estar debatendo um aumento na Participação nos Lucros e Resultados e não o pagamento do teto. A regra impressa na Convenção Coletiva, e que foi uma grande conquista do ano passado, serve para que a média dos bancos paguem o benefício. Se o Bradesco é o maior banco privado do país, tem de pagar a PLR além da Convenção Coletiva e não ficar com essa mesquinharia por num trocado, se comparado ao lucro que teve”, destacou.

 

O presidente da Contraf alerta aos sindicatos filiados que continuem realizando manifestações e protestos contra o Bradesco. Nesta quarta-feira, houve atividades em todo o Brasil.

 

Fonte: Contraf-CUT

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