(São Paulo) Não houve avanços nas negociações entre a Contraf-CUT e o Banco Mercantil do Brasil (BMB), realizadas nesta segunda-feira, dia 25, para discutir a PLR Complementar dos funcionários. Os representantes dos bancários apresentaram a sua proposta, mas o diretor de RH do banco, Márcio Ferreira, informou que a empresa não tem a intenção de mudar o programa e se posicionou contrário à proposta dos sindicatos.
“Nossas propostas foram tiradas depois de várias reuniões entre bancários, sindicalistas e economistas do Dieese. Vamos brigar para que elas sejam atendidas porque é urgente a revisão do programa próprio de PLR. Ele não motiva os funcionários e acarreta a obrigação de cumprimento de metas absurdas e praticamente impossíveis”, comentou Marco Aurélio Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do BMB.
Segundo Carlindo Abelha, secretário de Organização da Contraf-CUT, a proposta do banco ainda é muito aquém das necessidades dos bancários. “Do modo em que está é inviável a orientação por parte da Contraf pela assinatura do acordo. Em mesa de negociação, deixamos claro para o BMB que a Confederação só assina o acordo se ele for construído em parceria”, comentou.
Pela proposta dos bancários, estaria desvinculado o pagamento da PLR Complementar da participação nos lucros já estabelecida pela Convenção Coletiva de Trabalho da Categoria. Os trabalhadores também querem a revisão da meta de lucro líquido estipulada pelo banco e que o pagamento da PLR Complementar seja proporcional ao lucro obtido pelo Mercantil no período de vigência do acordo. Também reivindicam a revisão da distribuição dos lucros entre os participantes do programa, que hoje favorece o alto escalão do banco.
Fonte: Contraf-CUT