Terminou a greve no Banco do Estado de Sergipe (Banese), na assembleia realizada na noite na quarta-feira, dia 28. Os baneseanos aceitaram a proposta que foi apresentada pelo presidente do banco, Saumíneo Nascimento, na audiência realizada à tarde no Ministério Público do Trabalho, e voltaram ao trabalho na manhã de quinta-feira, dia 29.
Diante do impasse que se instalou entre o banco e a categoria, o Sindicato pediu a interferência do procurador do Trabalho Ricardo Carneiro, para mediar novo encontro com a direção do banco, e houve avanços. “Os baneseanos vão voltar ao trabalho, dando o melhor de si para que o Banese continue estadual e forte”, disse José Souza, presidente do Sindicato dos Bancários.
Além dos 6%, concedidos no acordo coletivo com a Fenaban – Federação Nacional dos Bancos -, o banco se comprometeu em corrigir as comissões de caixa em 15% e a estender, a partir de 31 de dezembro de 2009, a ajuda transporte aos funcionários que moram em Aracaju e trabalham no interior, utilizando o modelo praticado no Banco do Nordeste.
Mas o que mais contribuiu com a suspensão da greve foi o comprometimento do presidente do banco com a assinatura da minuta específica e a implementação do tão desejado Plano de Cargos e Salários – PCS. Ainda está distante, mas agora já há uma data definida: 30 de abril de 2011.
O banco também se comprometeu a não adotar uma política de retaliação aos funcionários que participaram da greve. “A força da greve arrancou uma proposta vitoriosa, principalmente em relação à formalização do acordo coletivo complementar que o tempo todo banco se negou a assinar”, destaca Souza.
Além disso, ficou acordado que os dias não trabalhados serão compensados até 31 de dezembro de 2009, sendo que 2 horas trabalhadas compensarão três não trabalhadas. “A aprovação à proposta e conseqüente volta ao trabalho ocorreu por quase unanimidade. Nenhum voto contra e apenas uma abstenção. “Os bancários voltaram unidos, é uma prova de que com unidade a categoria é capaz de realizar coisas extraordinárias”, comemora a direção do Sindicato.