Bancários do Piauí se reúnem em assembléia na próxima segunda-feira (29/09), às 18h, na sede do Sindicato, para avaliar e deliberar sobre a paralisação de 24h em todas as agências bancárias do Estado no dia 30/09. Essa foi a orientação do Comando Nacional dos Bancários em repúdio a proposta apresentada ontem pela Fenabam com reajuste de 7,5% (para inflação de 7,15% medida pelo INPC) sobre os salários e todas as verbas salariais, inclusive a Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Com o apoio dos empregados da agência, a paralisação de 1h no Banco do Nordeste, no centro de Teresina, de 10h às 11h, deliberada em assembléia ontem, retratou hoje (25/09) toda indignação da categoria diante desta proposta considerada imoral pelos bancários.
Na abertura dos discursos, o diretor de Aposentados, Francisco Reis, falou da trajetória de lutas dos bancários. “Tudo que conseguimos foi através de luta, por isso, devemos trabalhar dentro dos nossos direitos sem esquecer nossos deveres”, reforça.
José Ulisses de Oliveira, presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, se mostrou indignado com o índice apresentado na mesa de negociação e conclamou a todos para se fazerem presente na assembléia da próxima segunda-feira. “Vamos dar outro prazo para que apresentem outra proposta e se não aceitarmos, vamos dar início à greve por tempo indeterminado”, alerta, acrescentando que a categoria não vai tolerar abusos.
Já o diretor Arimatéa Passos pediu a compreensão da população e clientes diante da intransigência dos banqueiros. “Esse é um momento de lugar por reajuste salarial. Hoje, a paralisação é de uma hora, mas se não houver avanço nas negociações vamos terminar partindo para greve até que se faça um acordo que contemple todos na mesa”, pondera o sindicalista.
Alertando a população através do microfone sobre a possível paralisação de 24h no próximo dia 30, Arimatéa foi taxativo ao afirmar que “é só assim que se consegue algo neste país”, diz.
Para finalizar, o dirigente sindical João Neto disse que essa é uma luta de todos, da sociedade e dos bancários. “Somos prejudicados na questão salarial e saúde, por exemplo, mas os clientes também são penalizados no atendimento”, explica, mencionando que a paralisação de 1h serve de alerta à população para uma possível greve de 24h como também aos banqueiros para mostrar que a categoria não está para brincadeira. “A proposta apresentada é imoral”, conclui.