Quatro trabalhadores terceirizados que prestam serviços de limpeza em escolas públicas no Estado da Bahia iniciaram na segunda-feira (9) um protesto contra o atraso nos salários e o não pagamento de direitos, como vale transporte, ticket refeição, férias, plano de saúde, FGTS e INSS. Há funcionários que estão há três meses sem receber salários.
Os trabalhadores encontram-se acorrentados em frente às secretarias estaduais no Centro Administrativo da Bahia (CAB) e iniciaram uma greve de fome.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza do Estado da Bahia (Sindilimp-BA), Edson Conceição, é um dos acorrentados e garantiu que os trabalhadores só sairão do CAB depois que a situação salarial for completamente solucionada.
“No primeiro dia teve um princípio de confusão porque a polícia tentou nos tirar daqui. Estamos pacificamente nos mobilizando e só sairemos depois os salários forem pagos. Se tentarem novamente no tirar com a força policial vamos resistir”, declarou.
Casos como este mostram o tamanho do prejuízo para a povo brasileiro caso o projeto de Lei 4330 de autoria do deputado e empresário Sandro Mabel (PMDB-GO) seja aprovado.
Além de instituir a terceirização desenfreada, o projeto extingue a responsabilidade solidária, quando a empresa contratante assume as pendências deixadas pela terceira, e permite a terceirização em todos as esferas públicas (Federal, Estadual e Municipal).