Terceirizadas paradas em São Paulo nesta terça-feira

Quatro das maiores centrais de operações de terceirizadas de serviços bancários em São Paulo também pararam nesta terça-feira, dia 30, como parte da greve de 24 horas aprovada na véspera em assembléia na Quadra dos Bancários. Cerca de mil trabalhadores dos sites da Fidelity da Ponte do Limão, São João, Barão de Limeira e Vila Matilde, cruzaram os braços por melhores condições de trabalho.

“A paralisação foi muito boa, atingimos praticamente 100% das operações da empresa na cidade”, afirmou a secretária-geral do Sindicato, Juvandia Moreira. Segundo ela, mais da metade dos documentos e numerário provenientes dos caixas eletrônicos e dos malotes de pessoas jurídicas das agências são processados por funcionários de terceirizadas. “São valores muito altos, e se trata de um serviço eminentemente bancário. Mas esses trabalhadores enfrentam uma situação precária, com condições de trabalho e de salário muito distantes das conquistadas pela categoria bancária”, diz. A Fidelity é a principal terceirizada de serviços bancários do país e realiza serviços principalmente para o Bradesco e o Santander/Real, entre outros bancos.

Apoio – “Foi só com greves que conquistamos alguma coisa no passado e ainda temos muitos problemas. Por isso eu apoio o movimento e incentivo o pessoal a não entrar hoje”, afirmou uma funcionária da Fidelity que está na empresa há três anos e que trabalha no site da Ponte do Limão. Ela lembrou que foi com as greves dos dois últimos anos, com o apoio do Sindicato, que os funcionários da terceirizada conquistaram avanços como o pagamento do VA e do VR e o fim das irregularidades no pagamento do vale-transporte.

Juvandia explica que a paralisação desta terça é uma advertência, para que a Fidelity dê melhores condições de trabalho aos seus funcionários e que se lembre de cumprir os acordos firmados com o Sindicato. “Quando negociamos o pagamento do VA, ficou acertado que em setembro deste ano renegociaríamos o valor, que ainda é baixo. Mas o mês terminou e a Fidelity ainda não se dispôs a sentar para conversar”.

Direitos da categoria – A dirigente sindical lembra que a principal exigência do Sindicato é o reconhecimento destes trabalhadores como bancários e que assim tenham acesso a todos os direitos da categoria. “Afinal, eles são bancários. Realizam os mesmos serviços dos bancários, usam os programas de computador dos bancários, com as senhas e logins assim como funcionários do Santander ou do Bradesco. Mas na hora de receber os salários, ganham muito menos, e não têm acesso às conquistas da categoria. É mais uma forma que os banqueiros arrumaram de lucrar com o sofrimento alheio”, diz Juvandia.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram