Donos de farmácias, supermercados e postos já começaram a desativar ou retirar caixas eletrônicos dos estabelecimentos com medo da onda de roubos e furtos que atinge a Grande São Paulo.
Na madrugada de quinta-feira, dia 26, bandidos tentaram furtar mais um terminal, desta vez num supermercado em Taboão da Serra (Grande SP). Uma dinamite foi encontrada dentro do caixa eletrônico. Ninguém foi preso.
Na capital, quatro lojas da rede de drogarias Farto desativaram os terminais, há cerca de um mês, por precaução. “Falamos com os bancos, os técnicos retiraram o dinheiro e orientaram a cobrir o caixa e pôr uma placa de “desativado temporariamente'”, disse o gerente Douglas de Oliveira.
Estabelecimentos menores têm o mesmo temor. Na Vila Curuçá, zona leste, a Drogaria Lc Carlos mandou tirar um terminal. Os clientes, porém, não gostaram. “Eles têm reclamado”, diz a gerente Maria Castro.
No segunda-feira, a Associação Comercial recomendou aos lojistas assustados negociar com os bancos a desativação dos equipamentos.
Ontem, o vice-presidente da Apas (Associação Paulista de Supermercados), José Alberto Paiva Gouveia, afirma que a entidade recomenda o mesmo a seus associados, e garantiu que vários já estão tomando a iniciativa, “numa reação em cadeia”.
O serviço também está sendo suspenso em lojas de conveniência de postos de combustíveis. Proprietário do posto Maracanã, na zona sul, João Fernandes disse que já solicitou o desligamento do terminal na loja.
Segundo o presidente do Sincopetro (sindicato dos postos de SP), José Alberto Paiva Gouveia, “a orientação é que, pelo momento, os postos desativem as máquinas”.
A Febraban (federação dos bancos) não falou sobre as desativações. A Secretaria de Segurança Pública informou que reforçou o policiamento nesses casos.
SAIDINHA DE BANCO
A Polícia Militar e a Febraban iniciaram anteontem em São Paulo uma operação para evitar o golpe conhecido como saidinha de banco. Policiais e representantes dos bancos visitaram 208 agências para dar dicas de segurança aos clientes.