Temendo explosões, bancos reduzem dinheiro em caixas eletrônicos

Correntistas dos bancos públicos federais não podem mais deixar para a última hora os saques em caixas eletrônicos. As instituições financeiras estão limitando a quantidade de dinheiro disponível e chegam a desabastecer completamente alguns equipamentos no período noturno e aos finais de semana. A justificativa é a segurança, já que nos últimos meses cresceu exponencialmente a quantidade de ataques a máquinas de autoatendimento bancário.

Dados do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região revelam que este ano ocorreram 175 explosões e 93 arrombamentos de caixas automáticos no Paraná, além de 57 assaltos a agências bancárias. Em todo o ano passado, foram 110 explosões, 58 arrombamentos e 38 assaltos. Só na Região Metropolitana de Curitiba, foram mais de 120 ataques em 2014.

Desde 2013, o Banco do Brasil começou a reduzir o valor monetário disponível no setor de autoatendimento após o expediente comercial, nos dias úteis, e passou a retirar todo o numerário nos finais de semana em algumas agências do Estado, principalmente em cidades pequenas do interior. Mas não são todas as agências que têm a disponibilidade de dinheiro restrita. Depende do índice de sinistros registrados, conforme a assessoria.

Nos últimos dias, clientes da Caixa Econômica Federal da capital e municípios vizinhos também foram surpreendidos com avisos afixados nas portas de agências e nos caixas automáticos, com o seguinte teor: “Prezados clientes! Por medida de segurança (risco de explosão), algumas máquinas desta agência estarão desabastecidas e outras com numerário reduzido neste final de semana. Pedimos sua compreensão”.

De acordo com a assessoria de imprensa do banco, trata-­se de uma estratégia pontual para as agências de Curitiba e região metropolitana, de caráter preventivo, já que no último mês houve um alto índice de explosões de máquinas. Pelas contas do Sindicato dos Vigilantes, desde novembro foram pelo menos oito ocorrências em agências da Caixa.

A assessoria da instituição esclarece que durante o dia o abastecimento dos equipamentos continua normal, porém após as 19h, parte das máquinas é desabastecida e outras ficam com valores menores do que costumavam ter. A redução é definida com base no histórico de ocorrências em cada agência.

Para o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, o investimento em segurança por parte dos bancos, tanto públicos como privados, está muito aquém do esperado. A entidade considera que os bancos devem garantir a segurança de clientes e bancários, mas defende que as instituições invistam em segurança e garantam os serviços básicos, como ter dinheiro disponível, para não deixar os clientes “na mão”.

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