A taxa de desemprego na Itália subiu para 12,7% em novembro, a maior em pelo menos 37 anos, quando o levantamento oficial teve início no seu modelo atual. Em outubro, esse índice era de 12,5%.
O desemprego entre os jovens (entre 15 e 24 anos) também avançou para o patamar recorde de 41,6%, 0,2 ponto percentual mais do que em outubro.
Esse cenário aproxima o problema vivido pelos jovens italianos ao que os espanhóis e gregos já sofrem há algum tempo: nesses dois países, mais da metade dos jovens está sem trabalho.
Na Espanha, por exemplo, a taxa entre os jovens é de 57,7% – a geral é 26,7%.
A economia italiana já está há três anos em recessão, o mais longo período de retração desde o fim da Segunda Guerra. No terceiro trimestre do ano passado (dado mais recente disponível), o PIB do país encolheu 0,1% em relação ao período de abril a junho, quando houve contração de 0,3%.
O resultado do emprego de novembro mostra as dificuldades que o governo do primeiro-ministro Enrico Letta enfrenta para retomar o crescimento da terceira maior economia da zona do euro (grupo de 18 países que usam o euro como moeda).
Muitos analistas acreditam que o país caminha para uma recuperação, ainda que não muito forte, mas que os conflitos internos na coalizão liderada por Letta têm dificultado os esforços para reformar a economia e acelerar o crescimento.
Desde que assumiu o poder, no fim de abril do ano passado, o primeiro-ministro já teve três vezes de ser submetido a um voto de confiança do Parlamento – a mais recente no mês passado – para confirmar o apoio da maioria ao seu governo.
O desemprego na Itália vem subindo quase todos os meses desde o início de 2011.