Super vit da Previ: Proposta do BB precisa melhorar

(São Paulo) Diante da recusa da Contraf-CUT, dos dirigentes eleitos da Previ e dos representantes dos aposentados, o Banco do Brasil melhorou um pouco a sua proposta para revisão do plano da Previ, com utilização de recursos do superávit. A negociação foi nesta segunda-feira, dia 2.

 

O banco mantém, no entanto, sua proposta de fazer as mudanças que interessam aos associados pela constituição de um fundo que custearia a diferença relativa aos novos benefícios negociados. E ainda insiste que, em caso de déficit, a reserva para bancar a diferença dos novos benefícios seja revertida para cobrir o déficit.

 

Na avaliação dos representantes dos associados, a proposta do banco pode e deve melhorar bastante, pois existem recursos suficientes na Previ e não faz sentido o banco resistir a utilizá-los em favor dos associados.

 

“As melhorias de benefícios devem ser feitas com a alteração do regulamento da Previ, e não através de constituição de fundo cujos recursos possam ser utilizados para cobrir eventuais déficits futuros. Os associados querem benefícios definitivos, e não provisórios”, afirma José Ricardo Sasseron, diretor de Seguridade da Previ e membro da comissão de negociação.

 

A proposta apresentada pelo banco contempla:

 

  • Aumento do teto de 75% para 90%. O banco nega o teto de 100%.
  • Aposentadoria antecipada para as mulheres aos 45 anos de idade, calculada pelo mesmo critério da antecipada aos 50.
  • Aplicar a proporcionalidade da Parcela Previ para as aposentadorias com menos de 30 anos de contribuição, alterando a fórmula atual (CA = SRB x t/360 – PV) para a nova fórmula CA = (SRB – PV) x t/360.
  • Suspensão das contribuições por um ano, desde janeiro de 2007, constituindo um fundo para cobrir as contribuições pessoais e patronais.
  • Implantação da tábua AT83, cujo custo seria coberto com a reserva especial – neste caso, o banco reconhece que a parte que lhe cabe relativa ao pessoal pré-67 é de R$ 900 milhões, quando o impacto na Reserva a Amortizar da Previ é de R$ 1,7 bilhão.

 

Plano informal, voto de minerva e outras reivindicações

O banco retirou, de sua proposta, a infeliz pretensão de repassar para a Previ o custo do que ele chama de “plano informal”, que são benefícios de milhares de pessoas de responsabilidade exclusiva do BB.

 

Em contrapartida, negou outras reivindicações apresentadas pelos representantes dos associados há muito tempo: aumento do valor das pensões, melhoria de benefícios para quem contribui por mais de 30 anos à Previ, aumento do benefício mínimo. O banco não aceita acabar com o voto de Minerva, o que mostra suas más intenções de manter na Previ um poder maior que o dos associados.

 

Fonte: Contraf-CUT 

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