O STF (Supremo Tribunal Federal) adiou o julgamento dos processos envolvendo os planos econômicos Bresser, Verão, Collor 1 e Collor 2. O julgamento estava marcado para a tarde desta quinta-feira (12).
Segundo a assessoria de imprensa do STF, não foi marcada nova data para a análise dos casos. O adiamento foi feito, segundo o STF, porque o ministro Gilmar Mendes, relator do tema, considerou que não haveria tempo suficiente para o julgamento, uma vez que a análise sobre a interrupção de gravidez de anencéfalos também ocorre nesta quinta.
Na última segunda-feira (9), o Banco Central protocolou um pedido de adiamento do julgamento das perdas da poupança. A instituição alegou que não houve tempo suficiente, desde que o STF agendou o julgamento, para que representantes da instituição se reunissem com ministros do Supremo. A data do julgamento foi anunciada na terça-feira da semana passada.
O STF não confirmou se o pedido do Banco Central também foi levado em consideração para que houvesse o adiamento.
Número de processos é estimado em 700 mil
O número de processos movidos para reaver as perdas dos planos econômicos é incerto.
Segundo o advogado especializado em direito bancário Alexandre Berthe, quando o STF fez a suspensão, apenas uma pequena parte deles estava na fase de execução, o que significa que os valores das perdas tinham sido devidamente calculados e estavam para ser pagos. Esses processos não foram suspensos e não serão afetados por uma nova decisão diferente.
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) estima que a quantidade de processos que ainda precisam ser executados esteja entre 500 mil e 700 mil.
No ano passado, o STJ determinou que os índices de correção das cadernetas prejudicadas pelos planos seriam de 26,06%, no caso do Plano Bresser; de 42,72%, no caso do Plano Verão; de 44,80% para o Collor 1 e de 21,87% no caso do Plano Collor 2.