O sociólogo e professor português Boaventura de Sousa Santos, que já se encontra em Porto Alegre para participar do Fórum Social Temático (FST), marcou presença no domingo, dia 22, em duas oficinas da Universidade Popular dos Movimentos Sociais, em São Leopoldo e Canoas.
Pouco antes de se juntar aos oficineiros de Canoas, na Unilasalle, Boaventura concedeu um depoimento sobre o processo do Fórum Social Mundial (FSM), iniciado em 2001, em Porto Alegre.
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Boaventura apontou os acertos e também os erros do FSM nos últimos 11 anos. Para o professor, o Fórum foi responsável por tornar a América o continente com o maior número de movimentos de contestação ao capitalismo. Para ele, o FSM teve participação importante na consolidação de governos de esquerda na região.
Por outro lado, Boaventura considera que houve excesso de zelo na decisão do FSM de não produzir documentos com encaminhamentos claros.
Para o futuro, o sociólogo vê desafios maiores ainda, uma vez que a década que inicia tem movimentos de resistência ao capitalismo menos articulados e sem uma agenda clara, como é o caso dos indignados de 2011 (Ocuppy Wall Street, Primavera Árabe, etc). Para eleo, o FSM precisa se articular com tais movimentos para se manter relevante.
