Os diretores do Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Zona da Mata e Sul de Minas (Sintraf JF) voltaram às ruas nesta quinta-feira, dia 4, para mais um Dia Nacional de Luta no Santander e Real. Na manifestação, foram entregues panfletos à população denunciando à bonificação milionária paga pelo banco aos seus superintendentes.
Os trabalhadores cobraram mais uma vez do banco o pagamento do adicional da PLR, cujo não pagamento foi fruto de manobras contábeis no balanço publicado pela empresa em 2008, que frustrou as expectativas criadas pelo próprio presidente do banco, Fábio Barbosa. Enquanto isso, o banco pagou bônus milionários de até R$ 1,4 milhão para superintendentes e fixou a remuneração anual média de R$ 8,6 milhões para os 26 diretores-executivos em 2009.
Enquanto os executivos do banco recebem milhões, a recompensa dos bancários, verdadeiros responsáveis pelo lucro do banco, é bem diferente: demissão. Entre março de 2008 e março de 2009, o banco espanhol extinguiu 3.300 empregos no Brasil. As dispensas desrespeitam um processo de negociação com os trabalhadores que já conquistou vários mecanismos para evitar as demissões, como a criação de um centro de realocação profissional e os aditivos à convenção coletiva que estabeleceram a licença remunerada pré-aposentadoria (pijama) e incentivos para aposentadoria. Os bancários exigem o fim das demissões e o deslocamento de mais funcionários para as agências, para resolver a sobrecarga de trabalho e a falta de pessoal.