Tão logo a Reforma Trabalhista foi aprovada, inúmeros dirigentes sindicais da categoria bancária foram demitidos em todo o país. Entre eles, a diretora do Sintraf JF e funcionária do Banco Santander desde 1996, Érika Nogueira Brandão de Souza, no dia 19 de janeiro de 2018 sob alegação de não terem mais interesse em seu trabalho. À época o movimento sindical fazia um forte enfretamento aos abusos cometidos pelo Santander, o primeiro na implementação da nova legislação trabalhista. Por isso, a demissão da companheira, além de injusta por conta da estabilidade e histórico de doença ocupacional, foi considerada pela direção do SINTRAF JF uma perseguição.
O Sindicato, através da diretoria de assuntos jurídicos, de imediato acionou a advogada credenciada, Drª Cláudia Vieira Campos, que impetrou uma ação solicitando a anulação da demissão e reintegração da funcionária aos quadros do banco.
Foram longos e angustiantes nove meses, sempre com o apoio do sindicato, que além de denunciar a injustiça à categoria em atos e materiais, ainda buscou apoio e orientação junto à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e à Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras de Minas Gerais (FETRAFI-MG).
No dia 25 de outubro o Juiz da 5ª Vara do Trabalho de Juiz de Fora decidiu através de Tutela de Urgência pela nulidade da rescisão contratual e consequente reintegração ao emprego da dirigente. Na manhã do dia 31 de outubro, juntamente com integrantes da direção do SINTRAF JF, a funcionária apresentou sua reintegração ao banco.
Érika ressalta: “fiquei muito feliz com a vitória que não é individual, mas coletiva porque é da entidade que me representa. Tenho a satisfação da minha reintegração e do reconhecimento da minha estabilidade, sobretudo num momento de muita turbulência e retirada de direitos no país. Ganha a categoria e a classe trabalhadora como um todo.”