(São Paulo) A reunião da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) para o 8 de março, Dia Internacional da Mulher e data marcada para a visita de George W. Bush ao Brasil, somou mais de 70 dirigentes de 50 entidades sindicais, estudantis, comunitárias, femininas e do movimento popular.
O encontro, no Centro Brasileiro de Solidariedade entre os Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), definiu que a bandeira do "Fora Bush e sua política, do Brasil e da América Latina" unificará as manifestações do dia 8, que vão denunciar o caráter imperialista da agressão ao Iraque, o criminoso bloqueio a Cuba e as tentativas de imposição de acordos de livre comércio que submetem as economias dos países e aprofundam a miséria entre os povos.
Conforme as lideranças femininas presentes à reunião, o tema da paz está intimamente ligado à luta das mulheres. Para as organizadoras do dia 8, a visita de Bush ao Brasil será uma grande oportunidade de dizer em alto e bom som o quanto ele é uma persona non grata para todas as mulheres do Brasil.
Amplitude
Membro da executiva nacional da CUT e da CMS, Antonio Carlos Spis, avaliou que a amplitude e a representatividade da reunião contribuirão decisivamente para que o chamado das entidades repercuta em todo o Brasil, "se materializando em grandes manifestações contra a presença do terrorista número um no país".
Na avaliação de Spis, que participou ativamente do Fórum Social Mundial realizado recentemente na África, há uma tomada de consciência generalizada em todo o planeta sobre os riscos que representa a existência do imperialismo para a própria sobrevivência da Humanidade.
"As mil mesas de trabalho do Fórum foram unânimes contra a guerra do Iraque e as criminosas intervenções norte-americanas em outros países. Por isso, vamos perseguir Bush onde ele estiver no Brasil, protestos que serão amplificados também no Uruguai, Colômbia, Guatemala e México, países por onde este genocida deve passar", ressaltou.
Na capital paulista, informou Spis, a concentração do ato será na Praça Osvaldo Cruz, às 15 horas, de onde os manifestantes seguirão em passeata até o vão livre do Masp.
Unidade
Para Rubens Diniz, representante da Aliança Social Continental, "a reunião foi extremamente exitosa e demonstrou a capacidade de unidade dos movimentos sociais no que tange à luta contra o imperialismo norte-americano". "Há muitas sugestões de atividades que contemplam os diversos eixos políticos da manifestação que vão desde a imediata retirada das tropas estadunidenses do Iraque e também a retirada de suas bases militares da América Latina, até as reivindicações justas da luta das mulheres contra o machismo e a violência doméstica", acrescentou. Segundo Rubens, "a expectativa é de que o processo de mobilização esteja à altura do repúdio que o povo brasileiro, assim como os demais povos do mundo, tem pelo assassino número um da humanidade, George W. Bush".
Fonte: CUT
