Seguindo orientação da Contraf/CUT, sindicatos de todo o país realizaram nesta quinta-feira, dia 26, atividades da Campanha Nacional dos Financiários. Dirigentes visitaram as financeiras e conversaram com os trabalhadores, esclarecendo os objetivos da campanha.
A Contraf/CUT recebeu informes de atividades em Brasília, São Paulo, Curitiba e Mato Grosso, entre outros. Os dirigentes têm se mostrado satisfeitos coma boa receptividade com que foram recebidos pelos trabalhadores das financeiras.
A exceção foi a Losango, do banco HSBC, em que os sindicalistas relataram haver orientação da empresa para dificultar ou impedir o contato com os trabalhadores. A Contrraf/CUT ir[a apurar as ocorrência e, se for o caso, caracterizar como prática anti-sindical e que fere a livre organização dos trabalhadores.
“Esta foi apenas a primeira atividade, de muitas que virão. Afinal, a campanha está apenas começando”, avalia Miguel Pereira, diretor executivo da Contraf/CUT. “Esperamos o mesmo empenho de todos os sindicatos para trazer a São Paulo trabalhadores de todas as empresas para a realização da primeira Conferência Nacional dos Trabalhadores Financiários”, afirma.
A Conferência será realizada no dia 6 de julho, na sede da Contraf/CUT. O encontro é aberto e tem o objetivo de ampliar a mobilização e organização dos trabalhadores do setor.
Os mesmos direitos para todos
A campanha começou no último dia 10, com a entrega da minuta de reivindicações dos trabalhadores para a Fenacrefi. Uma das principais demandas dos trabalhadores é a extensão dos direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho dos financiários para todos os trabalhadores que atuam no setor (financiários e registrados como promotores de vendas).
Entre as cláusulas econômicas, estão a recomposição salarial da inflação medida pelo ICV Diesse e aumento real dos salários. Além disso, é reivindicada uma PLR (participação nos lucros e resultados) nos mesmos moldes da reivindicada pelo bancários.
Concentração
A campanha dos financiários se desenrola num cenário em que os grandes bancos consolidam sua participação no setor. Hoje, o chamado G7 das financeiras – que reúne Finasa (Bradesco), Aymoré Financiamentos (Real-ABN), Taií (Itaú), Losango (HSBC), Fininvest (Unibanco), Olé (Santander) e BV Financeira (banco Votorantim) – concentra cerca de 85% dos resultados do setor.