Sindicatos estragam a festa do HSBC no Rio

(Rio) A festa de fim de ano organizada pela Rede Leste do HSBC no Rio de Janeiro para comemorar os resultados do banco neste ano teve uma atividade paralela inesperada: uma manifestação, organizada pelo Sindicato de Niterói, com participação da Federação e dos sindicatos de Nova Friburgo, Petrópolis e Rio de Janeiro. O evento aconteceu na sede da Associação Brasil, a entidade associativa dos empregados. O ato teve banda de música, faixas de protesto, carro de som e decoração com bolas pretas. Foi usado também um cartaz com a ilustração de um Papai Noel diabólico, que tinha a logo do banco no gorro.

Os manifestantes estavam vestidos de preto, em sinal de luto, e usavam gorros de Papai Noel, lembrando que o banco demite funcionários mesmo bem perto do Natal. O ato teve como mote “Natal de maldades do HSBC”.

A receptividade dos bancários foi excelente. Os que passavam pela entrada do banco a caminho da festa, acenavam, aprovando a iniciativa. Houve até pressões para os bancários participarem. “Muitos bancários diziam que estavam indo à festa obrigados. O banco pratica assédio moral até na hora de comemorar” informa Rubens Branquinho, representante da Federação na COE.

Bancários que participaram da construção dos bons resultados ficaram de fora da festa. Foram os demitidos da última leva, que trabalhavam no banco há muitos anos e foram dispensados sem maiores explicações no final do mês de novembro. “Uma bancária se disse emocionada com a atividade, porque uma amiga com mais de 20 anos de banco, com quem trabalhava ombro a ombro, havia sido demitida na última leva”, relata Rubens. Muitos funcionários saíram da festa antes do final porque não havia clima para comemoração.

Diante da manifestação e de sua repercussão junto aos funcionários, o banco ameaçou cancelar a festa. Ao final do ato, os manifestantes lançaram um grito de guerra, a exemplo do que cada equipe de trabalho usa para se identificar, como parte da estratégia motivacional. O grito era “Emprego, emprego! Eu quero meu emprego!

Você tem fome de que?
Foi informado durante o último chat sindical que, em Porto Alegre, um bancário após participar de uma teleconferência em que foi instruído a explorar no período seguinte a venda do produto TC Superchance. Ao sair da agência, o bancário se embriagou, voltou para sua casa e tomou seus comprimidos para controle de pressão arterial e antidepressivos. Poucas horas depois, estava morto, vítima de um enfarte. A causa provável é a pressão exercida pelo banco sobre os trabalhadores de qualquer função.

Fonte: Feeb RJ/ES

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