O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Campo Grande/MS e Região realizou na última semana uma série de apresentações teatrais e panfletagens alusivas à Campanha Nacional da categoria nas ruas da Capital. O objetivo foi conscientizar a população sobre o difícil dia-a-dia da atividade – já considerada uma das principais causadoras de doenças ocupacionais – e alertar sobre as conseqüências das negociações com os banqueiros, que podem encaminhar a categoria para uma greve em todo o Brasil.
A presidente em exercício do Seeb/CG-MS, Iaci Terezinha Azamor Torres, afirmou que o movimento “teve uma resposta ótima, chamando a atenção da população para os problemas enfrentados pelos bancários, e que são desconhecidos pela grande maioria. Quisemos exatamente isso: demonstrar nossas dificuldades e a necessidade de paralisação para fazer valer os nossos direitos”.
O uso do teatro não é uma novidade no Sindicato. Apresentações com atores profissionais foram realizadas nas agências bancárias durante a Semana da Saúde, para alertar a categoria sobre os impactos das doenças ocupacionais e a necessidade de prevenção.
“Como a iniciativa foi muito bem recebida, resolvemos experimentar também com a população, e acreditamos que o alerta sobre aquilo que o cliente não vê foi bem apresentado”, pontuou Iaci. Até agora foram realizadas nove encenações, que serão intensificadas em caso de paralisação ou greve.
Além da apresentação, foi realizada panfletagem junto a população explicando as metas da Campanha Nacional dos Bancários, já ressaltando a possibilidade de uma paralisação. “Ressaltamos à população que temas como o assédio moral, perseguição por metas e falta de pessoal, entre outros tantos problemas, atingem o cliente através do atendimento, nem sempre realizado da forma adequada. E sem luta tudo isso só piora. Por isso pedimos a compreensão da população e o apoio, para sermos bem sucedidos”, disse a presidente.
Iaci completou ressaltando que o bancário estava ansioso com a Campanha Nacional, mas viu as expectativas irem por água abaixo após os banqueiros não só negarem atender as reivindicações, como ainda proporem a retirada de conquistas históricas da categoria. “Nossa data base foi no dia 1º, e agora, no dia 19, ainda não temos uma proposta, só a idéia de se retirar direitos, como se o bancário não tivesse seu valor. Agindo assim, os banqueiros provocam a revolta da categoria, que pode ter impacto em uma greve”, finalizou.