Sindicato MT apresenta resultado da consulta no Bradesco

Enquanto os banqueiros comemoram lucros recordes, funcionários do Bradesco sofrem diariamente com as péssimas condições de trabalho, metas abusivas, assédio moral e doenças ocupacionais.

Devido à insatisfação dos bancários do Bradesco, a Contraf elaborou uma pesquisa para ser distribuída em todo país, direcionada aos trabalhadores do “banco do planeta” para saber sobre as condições de trabalho e as prioridades com que a categoria gostaria que cada temas fosse tratado nas negociações com a direção do banco.

Em Mato Grosso o sindicato distribuiu a pesquisa nas agências do banco, em Cuiabá. O questionário com 11 perguntas foi elaborado para nortear as prioridades dos trabalhadores.

De acordo com o diretor do Seeb/MT e funcionário do banco Bradesco, José Guerra, a pesquisa serviu para dar um direcionamento quanto as reivindicações dos bancários para negociar frente a direção do banco. “O Bradesco é o único banco que não paga auxílio-educação e isso precisa mudar”, frisa.

O Bradesco se define como “banco do planeta”, alegando desenvolver uma política socioambiental responsável, pautada pela transparência e respeito, mas na prática, não é bem assim que acontece.

Conforme resultado da pesquisa, os funcionários do Bradesco consideram insatisfatórias as condições de trabalho, sendo os motivos principais: falta de funcionários que ocasiona excesso de trabalho, metas inatingíveis e pressão da chefia que muitas vezes assediam moralmente.

Quando perguntados se já realizaram algum curso do Bradesco via internet, 100% informaram que sim, porém quase 50% informaram que encontram dificuldades para realizá-lo, devido à falta de tempo para fazer o curso na agência ou de ter que fazer o curso fora de seu horário de trabalho.

A pesquisa apontou que 97% dos bancários consideram importante que a empresa ofereça um Plano de Cargos e Carreira e 100% consideram que o Auxílio-Educação deve ser uma prioridade do banco com seus funcionários.

Entre as prioridades elencadas pelos bancários, o auxílio-educação é o benefício mais reivindicado pela categoria com 89%. O banco utiliza a Fundação Bradesco como desculpa. A Instituição não oferece cursos de ensino superior e o Bradesco deduz seu imposto de renda. Os bancários querem se especializar.

Em segundo lugar com 86% ficou a remuneração variável, a direção do banco do planeta cobra metas inatingíveis e o Bradesco se nega a pagar a remuneração variável.

Na seqüência o Plano de Saúde foi um dos mais citados com 78%. O Bradesco Saúde não oferece uma cobertura ampla. Poucos médicos e dentistas.

Condições de Trabalho ficou com 72%. A categoria reivindica contratação de mais funcionários.

A segurança nas agências e o Plano de Cargos e Carreira também tiveram expressivo índice. Os bancários trabalham correndo riscos diariamente por lidar diretamente com dinheiro e esperam que a instituição financeira incentive o funcionário dando-lhes oportunidades e perspectivas de crescimento.

Para o presidente do Seeb/MT, Arilson da Silva, a pesquisa é de fundamental importância, uma ferramenta valiosa e através dela será possível lutar pelas reivindicações dos bancários do banco do planeta. A Campanha Nacional de valorização dos funcionários ganhou mais força, graças a pesquisa.

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