Sindicato global protesta contra Fenaban e destaca luta dos bancários

A UNI Global Union, sindicato mundial sediado na Suíça que representa 900 entidades e cerca de 20 milhões de trabalhadores em todo o mundo, destaca a luta dos bancários brasileiros na primeira página do seu site. Na terça-feira, dia 6, a entidade havia enviado cartas ao ministro do trabalho, Carlos Lupi, e ao presidente da Fenaban e do Santander, Fabio Barbosa, denunciando e repudiando práticas antissindicais, violência e a truculência usadas pelos bancos contra os trabalhadores na campanha deste ano.

> Leia a carta (em inglês) enviada pela UNI .

Nesta quinta-feira, dia 8, o sindicato mundial disponibilizou também no seu site uma mensagem padrão de protesto a ser enviada por qualquer visitante do site para Fabio Barbosa e também ao presidente mundial do Grupo Santander, Emilio Botín (uma vez que o Santander foi o banco que protagonizou as situações mais graves no que se refere a ações antissindicais e violência contra trabalhadores este ano).

Basta ao internauta preencher seu nome, onde trabalha e seu endereço de e-mail. Há a possibilidade também de escrever sua própria mensagem ou editar a mensagem padrão sugerida.

O texto que apresenta a mensagem-padrão cita os lucros estratosféricos dos banqueiros brasileiros e destaca o uso abusivo da PM para enfraquecer a greve, algo que seria “inaceitável” para a entidade. “Esses trabalhadores precisam do nosso apoio! Por favor encaminhe essa mensagem de forma que possamos mostrar que os trabalhadores de todo o mundo estão solidários com seus irmãos e irmãs brasileiros.”

> Clique aqui para enviar a sua mensagem

Confira a seguir a íntegra da tradução da carta:

“Caro senhor Fabio Barbosa,

Eu fui informado pela UNI, meu sindicato mundial, que os trabalhadores dos bancos no Brasil estão sendo impedidos de exercer seu direito legítimo de greve na sua campanha nacional em um dos mais lucrativos setores da economia do país. A intervenção da força policial é uma reação bruta e uma distorção dos instrumentos legais.

É de nosso conhecimento que, mesmo antes dos trabalhadores iniciarem a greve, a Fenaban reuniu-se com o comando da Polícia Militar para organizar uma ação conjunta contra o movimento grevista. O confrontamento adotado pela Fenaban é anti-democrático e antissindical.

Eu estendo meu total apoio e solidariedade aos nossos colegas sindicalistas da Contraf e a todos os trabalhadores de bancos brasileiros. Peço a você que interrompa imediatamente esse desacato contra os bancários e que permita a expressão democrática dos trabalhadores sem que precisem ter medo e sem temer por sua segurança ou qualquer tipo de represália.

Eu o encorajo a entrar num diálogo significativo com o sindicato sobre este assunto, de forma que a solução possa ser alcançada de imediato. Interrompa as ações policiais contra os trabalhadores e restaure negociações de emprego decentes com a Contraf.”

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