O Sindicato dos Bancários de Pernambuco realizou, na quarta-feira (26), um ato para denunciar a demissão de 37 funcionários da Losango, após a fusão do HSBC com o Bradesco. Diretores da entidade também realizaram reunião com os funcionários da financeira. A atividade ocorreu na Losango, localizada no bairro de Santo Antônio, no centro do Recife.
De acordo com a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, a ação desta tarde mostrou para o Bradesco e para os funcionários da Losango que a entidade está monitorando de perto a situação dos bancários a fim de frear os ataques aos direitos dos empregados.
Questionado sobre as demissões, que só em Pernambuco representam 50% dos funcionários, o Bradesco alegou que não é responsável pela empresa. “Não aceitamos essa resposta, pois o lucro da empresa vai direito para o banco. Reivindicamos que o Bradesco assuma, às claras, a responsabilidade pela Losango e cesse já a demissão em massa que está acontecendo em todo o país”, afirmou Suzineide.
A entidade propõe que, assim como está acontecendo em outros Estados, em vez de serem demitidos os funcionários sejam realocados para outras unidades do Bradesco. Funcionários terceirizados estão sendo recrutados para ocupar as vagas deixadas pelos demitidos. “O Bradesco está demitindo funcionários, que têm direitos assegurados e salários mais altos, para contratar terceirizados para trabalhar em situações mais precárias e com salários menores”, explicou o diretor do Sindicato, Alan Patrício.
As demissões da Losango não ocorreram devido a problemas financeiros na empresa. No fim desta semana, inclusive, haverá uma festa de comemoração pelo resultado positivo da empresa no Estado.
Os gestores locais, Eduardo Bonázio e Alexandre Braz, em conversa com os diretores do Sindicato, negaram os planos de venda da Losango. O Sindicato solicitou resposta oficial da empresa, e os gestores se comprometeram a entrar em contato com as instâncias superiores da Losango para que a resposta seja dada.
Diretores do Sindicato também aproveitaram a ocasião para convocar todos os trabalhadores para a Greve Geral, na próxima sexta-feira (28). “Depois da lei da terceirização, a reforma trabalhista já foi aprovada na comissão especial da câmara. Estamos vendo nossos direitos sendo retirados abruptamente. A forma de barrarmos isso é irmos para ruas juntos, dizer não às reformas trabalhista e da Previdência e ao governo golpista de Temer. Dia 28, todos nas ruas”, ressaltou o secretário de Bancos Privados, Adeilton Filho.