O Sindicato realizou, na última quinta-feira, dia 3, no Centro, uma manifestação contra as demissões no Banco Safra. Somente no Rio de Janeiro 35 funcionários foram dispensados e, em todo o país, este número já supera 250. Mas a família Safra não se dá por satisfeita e pretende demitir 1.200 trabalhadores. As maiores vítimas são os antigos funcionários, com mais de 15 anos de serviços prestados à empresa.
No ano passado o Safra lucrou, graças ao sacrifício e ao trabalho de sues funcionários, R$831 milhões, um resultado 6% superior ao de 2006. “Lamentavelmente a diretoria do banco retribuiu o esforço dos bancários com demissões”, critica o diretor do Sindicato José Carlos Pereira.
Terceirização – O banco iniciou o processo de extinção da função de coordenador de serviços bancários (CSB) e promete fazer o mesmo com as centrais de processamento de dados (CPDs). A idéia é terceirizar esses setores, o que significa mais demissões e precarização do trabalho. A desculpa da empresa é a mesma utilizada pelos bancos há anos: reestruturação.
Os funcionários do banco e a população deram total apoio à manifestação promovida pelo Sindicato. “Os Safras procuram demonstrar grande preocupação com o nome da família, mas não têm o menor pudor na hora de demitir trabalhadores, levando milhares de famílias à miséria”, completa Pereira.
O Sindicato entrou em contato com a diretoria do banco e ficou acertado que haverá uma negociação. Os diretores do Safra prometem que não haverá demissões antes da negociação. Até o fechamento desta edição, ainda não havia sido definida a data da reunião.