Sindicato do Rio protesta nesta terça contra a reestruturação na Caixa

Passado o forte temporal, que provocou mortes e feridos, o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro convoca os empregados da Caixa Econômica Federal para participar do protesto desta terça-feira, dia 13, contra a reestruturação da empresa, baixada pela diretoria desde o fim de março.

Da manifestação, ao meio-dia, em frente ao prédio da Barroso, devem participar todos os bancários para deixar patente o repúdio às medidas como a extinção de setores, transferências e ameaças de centenas de descomissionamentos, entre outras. Além da luta política, o Sindicato está estudando medidas judiciais contra a “reestruturação”.

O funcionalismo deve comparecer em peso, também, para deixar claro que não tem medo da diretoria da Caixa, que, através da circular interna 025/10 (CI), determinou que os gestores descontem as horas e os minutos da paralisação do dia 26 de março, na Barroso, numa tentativa desesperada de intimidar a luta dos empregados contra a reestruturação A ordem do desconto é da presidente da empresa, Maria Fernanda. A CI foi assinada pela gerente nacional Geret, Márcia Guedes, e pelo superintendente nacional da Suape, Carlos Magno.

“Este é mais um motivo para comparecermos em peso ao ato da Barroso. Não vamos nos curvar. Não temos medo de atitudes de intimidação vindas da direção da Caixa, que é composta, inclusive, por ex-dirigentes sindicais que estão renegando a sua própria trajetória política, como Maria Fernanda, Carlos Magno (Carlão) e Carlos Borges, ex-presidente da Fenae, entre outros”, afirmou o diretor do Sindicato, Paulo Matileti.

Em função desta pressão da Caixa, há gestores querendo ser mais realistas do que o rei, pressionando os empregados a compensar a ausência de terça-feira, apesar da orientação das autoridades (governador e prefeito) para que a população não saísse de casa.

Dia Nacional de Luta

As mobilizações desta terça-feira deveriam ter acontecido na última quarta-feira, como parte do Dia Nacional de Luta. Mas acabaram adiadas em função das dificuldades causadas pelas fortes chuvas que caem desde a segunda-feira passada em todo o estado.

Apesar da não participação do Rio, o Dia Nacional de Luta foi muito forte em todo o país. Aconteceram mobilizações em todos os demais estados, demonstrando a revolta com a diretoria da Caixa. Houve atos públicos em frente a prédios e grandes agências em São Paulo, Brasília, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Ceará, Pernambuco, Mato Grosso, Piauí, Acre, Alagoas, Paraíba e Campos, entre outros.

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