O Sindicato dos Bancários do Rio realizou, na última sexta-feira, dia 27, um protesto contra a falta de uma política de prevenção às Lesões por Esforços Repetitivos ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/Dorts). O Dia Internacional de prevenção a estas doenças ocupacionais foi no sábado, dia 28. A manifestação foi realizada em frente à agência do Unibanco, na Avenida Rio Branco, 123.
Milhões de pessoas em todo o mundo dão vítimas destas doenças. Bancários, comerciários, jornalistas, digitadores e operadores de telemarketing estão entre algumas das categorias que mais sofrem com o problema. No Brasil, somente nos últimos cinco anos, foram abertas cercas de 533 mil Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs) geradas por LER/Dorts. “O número de vítimas é muito maior, já que muitas empresas insistem em negar a CAT para não reconhecer que as doenças foram causadas em função da atividade profissional de seus funcionários”, denuncia o diretor da Secretaria de Saúde do Sindicato dos bancários do Rio Almir Aguiar.
Crítica ao INSS
No Brasil, somente na região sudeste, de cada 100 trabalhadores, pelo menos um é portador de LER. O pior é que, geralmente, a doença atinge o trabalhador no auge de sua produtividade e experiência profissional. As mulheres e as pessoas na faixa etária entre 30 e 40 anos são as maiores vítimas.
O Sindicato criticou também a postura de muitos peritos do INSS, que desrespeitam os segurados, se negam a reconhecer a doença do trabalho, dão altas precoces e sequer aceitam os laudos de outros médicos. “Em alguns casos, eles não aceitam nem mesmo as CATs emitidas pelos sindicatos”, critica Almir.
Na categoria bancária, todos os anos, o Sindicato do Rio consegue, com ações judiciais, recuperar o emprego de dezenas de bancários dispensados irregularmente pelos bancos.