O Sindicato dos Bancários do Extremo Sul da Bahia apresentou ao Ministério Público do Trabalho da região, no dia 15 de outubro, uma denúncia contra o Itaú por prática de assédio e perseguições a empregados, praticados pelo gerente geral da agência de Porto Seguro.
A denúncia revela que o gerente geral tem praticado abuso das suas prerrogativas enquanto gestor daquela unidade e que suas atitudes condenáveis de assédio moral desrespeitam, agridem e constrangem seus subordinados no banco.
O Sindicato destaca que alguns funcionários têm recebido constantes agressões morais por parte de clientes que depositam certas quantias e dizem para o gerente que foi outro valor e o mesmo ao invés de apurar e esclarecer os fatos, tem dado como verdade a reclamação dos clientes e afirma a desconfiança sob funcionários envolvidos. Além de fazer várias insinuações colocando em dúvida a honestidade dos(as) bancário(as).
O documento, enviado ao Ministério Público, relata, ainda, que alguns empregados da agência estão sendo vítimas habituais de perseguições no local de trabalho, por se tratarem de empregados vítimas de problema de saúde, e por haverem ajuizado ações trabalhistas contra o empregador para garantia de seus direitos, e após o retorno ao trabalho passaram a sofrer, habitualmente, através do empregado titular do cargo de gerente geral da unidade, vários atos de constrangimento, ameaças e perseguições veladas, circunstância que tornou o ambiente de trabalho para os citados empregados insuportável, inclusive causando-lhes consequências emocionais.
O Sindicato destaca que em todas as situações citadas, os trabalhadores se veem constrangidos, perseguidos, intimidados, ridicularizados, inferiorizados e culpabilizados, sendo levados a serem desacreditados diante dos colegas, e diante da grave situação instalada, inclusive até sendo levados a se desligarem da empresa, devido ao abatimento que vem brotando no emocional de cada um. E que em virtude dessa situação, os empregados passaram a conviver com desânimo, palpitações, tremores, abalo na qualidade do sono, distúrbios digestivos e dores generalizadas e discriminação dentro do local de trabalho.
“Este sofrimento imposto revela o adoecer, pois o que adoece as pessoas é viver uma vida que não desejam, não escolheram e não suportam”, ressalta o diretor do Sindicato e funcionário do Itaú, Thomaz Edson Andrade.
"Isso não vamos admitir, vamos tornar pública essa denúncia e levar o caso às ultimas instâncias até que o banco tome medidas necessárias para reparar esse dano ou sofra as consequências, inclusive judiciais”, adverte Gildenê Prates, também funcionário do Itaú e diretor do Sindicato.