Sindicato do ABC realiza seminário sobre realidade do emprego no Brasil

O Sindicato dos Bancários do ABC realizou na quarta-feira, dia 25, um seminário sobre a situação do emprego no Brasil. O evento encerrou as comemorações do mês do trabalhador e, ao mesmo tempo, deu início aos debates sobre a Campanha Nacional dos Bancários 2011.

O seminário aconteceu na Sede Social do Sindicato e contou com a presença do secretário de Finanças da CUT, Vagner Freitas, e do presidente da Contraf/CUT, Carlos Cordeiro.

O secretário-geral do Sindicato, Eric Nilson, abriu o evento agradecendo a presença de todos e falando da importância deste debate. “É muito importante discutirmos a situação do emprego no país”, disse Eric.

Carlos Cordeiro abordou o tema “Emprego e Condições de Trabalho no Ramo Financeiro”, apresentando vários dados sobre a situação atual da categoria e sobre os salários. “Está na hora de pensarmos e discutirmos a forma de remuneração do bancário, pois, a remuneração fixa está cada vez menor, enquanto que a variável maior e isso causa vários problemas para o trabalhador como, por exemplo, em caso de indenização na hora da demissão e da aposentadoria”, disse.

Maria Rita Serrano, presidenta do Sindicato, ao falar sobre o tema “Realidade do Emprego Bancário no ABC”, exibiu uma planilha de dados sobre a situação salarial e do emprego na região. “Quando finalizamos essa planilha com os dados salariais dos bancários do ABC nos últimos anos, percebemos que ainda há muita discrepância salarial entre bancários de diferentes empresas”, explicou.

Vagner Freitas, que já presidiu a Contraf-CUT, falou sobre o “Emprego no Brasil” abordando, principalmente, a questão da qualidade do emprego no país que, ao seu ver, apesar de ter melhorado muito, ainda é muito baixa. “Vivemos um bom momento, melhor do que há oito anos, mas ainda precisamos fazer muito e a geração de empregos com qualidade no Brasil não existe sem uma profunda melhora na educação”, afirmou.

O dirigente da CUT disse também que o aumento de emprego não é igualmente proporcional ao aumento da qualidade de vida. “O setor da construção civil foi um dos que mais cresceu nos últimos anos, no entanto, apesar de ter tido um aumento de empregos para esses trabalhadores, os mesmos ainda não têm uma qualidade de vida adequada”.

Após as exposições, foi aberto espaço para perguntas e vários diretores do Sindicato, além de outros presentes, como o suplente de deputado federal Vanderlei Siraque (PT), opinaram sobre o tema.

Nas considerações finais, Vagner Freitas disse que há muito o que fazer ainda no Brasil. “Temos que continuar sempre nossa luta para podermos manter as nossas conquistas e não podemos discutir o emprego no país sem passar pela discussão sobre a redução da jornada de trabalho para todos os trabalhadores”, finalizou.

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