MT: Sindicato realiza debate sobre Reforma da Previdência

Presidenta da Contraf-CUT e presidente da Fetec/CN contribuíram com as reflexões
Debate reforma da Previdência - Seeb-MT
Foto: Seeb/MT

A direção do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb/MT) se reuniu, nesta quinta-feira (11), com a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, no auditório do sindicato. Além da diretoria do Seeb/MT, esteve presente na reunião o presidente da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN), Cleiton dos Santos.

Juvandia fez um histórico da campanha salarial de 2018, resgatando as principais divergências políticas e econômicas na mesa de negociação. Ela classificou a manutenção de todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), como um dos melhores acordos coletivos assinados no Brasil, configurando assim um marco de luta e resistência da categoria bancária contra a reforma trabalhista.

“Temos hoje, todos os direitos garantidos por dois anos, o que é fundamental diante do cenário de incertezas no país. Além disso, garantimos a validade da CCT para mais de 90 mil bancários que seriam considerados hipersuficientes”, ressaltou a presidenta da Contraf-CUT ao ressaltar que, mais do que nunca, a nova CCT representa também uma proteção e uma garantia dos direitos diante das intenções do governo federal de retirá-los e desrespeitar a organização sindical.

Previdência

Em sua fala, Juvandia Moreira apontou ainda dois grandes perigos para a categoria bancária e toda a classe trabalhadora existentes na proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo: desconstitucionalização das regras básicas da aposentadoria e o sistema de capitalização.

O governo incluiu na proposta mecanismos que permitem mudanças nas regras de aposentaria por meio de projetos que exigem menos votos no Congresso Nacional. Na prática o governo desconstitucionaliza regras básicas do direito previdenciário, ou seja, poderá promover modificações de idade mínima e tempo de contribuição através de leis complementares, fragilizando os direitos previdenciários. Outro ponto preocupante é fim do regime de repartição solidária, criando o sistema de capitalização, através de contas individuais, no qual o trabalhador faz a sua própria poupança para garantir a sua aposentadoria no futuro.

Ao final dos debates, a presidenta da Contraf-CUT convocou os bancários e bancárias a fazer um 1º de maio unificado pra mostrar força e organização rumo à greve geral, para fazer o enfrentamento à essa proposta de reforma de Previdência. Também convocou a categoria a participar do abaixo-assinado contra a reforma e a responder à consulta aos bancários, ressaltando que a meta da Contraf-CUT é atingir 50 mil bancários.

O presidente da Fetec-CUT/CN, Cleiton dos Santos, também destacou a necessidade de ampla mobilização para barrar a reforma da Previdência. “A reforma de Bolsonoro é um ataque frontal aos direitos do povo brasileiro. A proposta acaba com o futuro de aposentadoria de milhões de jovens. Por isso, temos que promover e ampliar o debate para que a informação chegue até aos nossos colegas nos locais de trabalho e aos nossos familiares, pois somente com uma ampla mobilização faremos o enfretamento necessário para mobilizar a categoria e toda a sociedade para chegar a uma greve geral”, concluiu.

O presidente da Fetec- CUT/CN e a presidenta vieram em Cuiabá para participar da audiência pública, que estava marcada essa sexta-feira (11), na Assembleia Legislativa, sobre a reforma da Previdência, com o ex-ministro da Previdência Social, Carlos Garbas, que não pode comparecer ao evento por causa de problemas de saúde na família. A audiência foi adiada.

Assista o vídeo

Fonte: Seeb/MT, com edições da Contraf-CUT

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