(São Paulo) O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região entrega Cestas de Natal aos bancários afastados por motivo de doença. O ato é um protesto contra os bancos que tentam reduzir os direitos dos trabalhadores adoecidos e faz parte da Campanha do Sindicato pela igualdade de direitos entre funcionários da ativa e afastados. Foram 352 os inscritos para receber as cestas que serão entregues nesta sexta-feira, 21 dezembro, às 13h, em frente à agência do Bradesco da Rua XV de Novembro, no Centro. Os bancários darão depoimentos sobre a realidade em que se encontram.
O Sindicato cobra dos bancos que tratem todos os seus empregados da mesma maneira, mas não é isso que acontece. A 13ª cesta-alimentação conquistada pela categoria este ano, por exemplo, não foi paga aos bancários em licença há mais de 180 dias.
“Exigimos que os bancos apliquem medidas preventivas para evitar o adoecimento da categoria. Como são responsáveis pelo adoecimento dos trabalhadore s têm que respeitá-los e garantir seus direitos”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato.
Os bancários são uma das categorias profissionais mais expostas ao adoecimento no trabalho. A pressão pelo cumprimento de metas, a insegurança, o ritmo alucinante, os movimentos repetitivos, o assédio moral, a síndrome do pânico em vítimas de assalto: são inúmeras as razões que levam os funcionários de banco a adoecer.
Risco elevado
O Ministério da Previdência Social alterou a cobrança da alíquota que as empresas pagam: o Fator Acidentário de Prevenção. A coleta da taxa forma um fundo de onde é tirado o dinheiro para o pagamento de auxílios a adoecidos. O valor da alíquota varia de 1% a 3% da folha de pagamento, de acordo com o grau de risco ao qual o funcionário está exposto durante a sua rotina profissional. Os bancos, que pagavam 1%, passaram para a faixa dos 3%.
Fonte: Elisângela Cordeiro, Seeb SP